Nos pênaltis, Bahia vence Atlético de Alagoinhas e conquista tri do Baiano

Tricolor volta a repetir feito de 32 anos e leva terceiro título consecutivo

[Nos pênaltis, Bahia vence Atlético de Alagoinhas e conquista tri do Baiano]

FOTO: Felipe Oliveira / EC. Bahia

O Bahia é tricampeão baiano 2020. Após empate no tempo normal em 1 a 1, o Tricolor venceu o Atlético de Alagoinhas nos pênaltis por 7 a 6, pela segunda partida da final do Campeonato Baiano, disputada neste sábado (8), no estádio de Pituaçu, e conquistou pela terceira vez consecutiva o título do baiano depois de 32 anos, o 49º caneco da competição na história.

A etapa inicial foi equilibrada e exigiu muita marcação das duas equipes. Tanto Bahia quanto Atlético encontraram dificuldades para adentrar nas áreas adversárias, em certos momentos pelos erros de passes e em outras ocasiões pelas defesas bem postadas. Mesmo assim, houve boas oportunidades de abrir o placar.

A primeira boa oportunidade foi do Atlético e surgiu aos cinco minutos, quando Felipinho fez boa cobrança de falta, exigindo que o goleiro Douglas voasse para espalmar a bola e evitar o gol.

Com o Bahia deixando espaço na defesa, ficou fácil para o Atlético chegar com perigo pouco tempo depois, aos nove minutos, Tobinha recebeu bom passe dentro da área e cruzou para o meio da área, a bola passou por todo mundo e ficou para finalização de Felipinho, que chegou chutando e acertou a marcação, antes de ir para fora.

Chamou atenção negativamente na primeira etapa o baixo nível técnico apresentado pelas duas equipes. Muitos passes de lado, pouca intensidade na hora de atacar, e as duas equipes armar jogadas que pudessem oferecer qualquer perigo, muito em decorrência dos erros de passes.

Da mesma forma que havia sido a primeira etapa, o Atlético de Alagoinhas reiniciou o confronto com liberdade no campo de defesa do Bahia para chegar com mais perigo.

Dedeco teve boa oportunidade de abrir o placar aos oito minutos, quando teve ampla liberdade de fora da área para dominar no peito e chutar forte, a bola passou assustando o goleiro Douglas.

O Carcará já estava melhor no jogo, bem organizado defensivamente e com boas chegadas ao ataque, não demorou para que inaugurasse o placar, e logo com um artilheiro de longa data.

Aos 14 minutos, após contra-ataque do Atlético, a bola sobrou nos pés de Magno Alves, de fora da área, o experiente atacante finalizou, a bola desviou em Lucas Fonseca e foi morrer no fundo das redes.

O gol serviu para acordar o Bahia, que tentou responder quatro minutos depois.

Nino avançou pela linha de fundo e cruzou na segunda trave para Élber, que cabeceou pra baixo, mas sem dificuldade para Fábio Lima.

Élber foi ter nova oportunidade aos 22 minutos, quando após boa tabela com Rodriguinho, o atacante invadiu a área e chutou forte, mas pela rede pelo lado de fora. Foi a melhor oportunidade do Bahia na partida.

De tanto pressionar, o Bahia finalmente conseguiu chegar ao empate.

Aos 25 minutos, após disputa de bola no campo de ataque, Ronaldo ficou com a sobra e cruzou rasteiro na área para Daniel, livre de marcação, chutar forte pro gol, o goleiro ainda tocou na bola, mas não o suficiente para evitar o empate.

O lance foi cercado de bastante polêmica, já que havia suspeita que no momento do cruzamento de Ronaldo, a bola tinha saído pela linha de fundo, mas a revisão ao VAR desconsiderou a possibilidade.

O Bahia cresceu na partida após sofrer o gol e chegar ao empate, a virada parecia ser questão de tempo, e quase veio.

Mais uma vez, Élber foi o responsável por uma chance perigosa para o Tricolor. Aos 31 minutos, o atacante fez jogada individual, entrou na área e chutou forte para o gol, Fábio Lima se esticou para defender, e, em seguida, a bola tocou na trave e saiu pela linha de fundo.

O Atlético que aparentava estar conformado com o resultado só conseguiu responder os sucessivos ataques do Bahia aos 40 minutos, Vitinho acertou um belo voleio de fora da área, e Douglas precisou voar bonito para jogar a bola para escanteio.

Apesar de muita pressão do Bahia na busca pela virada, o Atlético conseguiu se segurar na defesa e levar a disputa do caneco para disputa de pênaltis.

Na disputa de pênaltis, melhor para o Bahia, sob mérito de Douglas, que defendeu duas cobranças e levou o Tricolor ao triunfo sobre o Carcará por 7 a 6, e ao título baiano pelo terceiro ano seguido. Feito que não acontecia desde 1988.

Análise do Bahia na partida

O Tricolor segue em queda de qualidade técnica a cada partida que passa. Segue um time sem criatividade, previsível e errando muitos passes, nada muito diferente do que tem sido ao longo das últimas partidas. É verdade que o time melhorou durante a segunda etapa, mas isso só ocorreu depois que levou um gol e foi obrigado a contra atacar para não perder o título.

Como é um time que não tem tido organização coletiva para atacar, o Bahia depende majoritariamente de jogadas individuais de jogadores com Rodriguinho e Élber para poder oferecer algum tipo de perigo para a meta adversária. Quando tenta ensaiar algo coletivamente é quase sempre mal sucedido por erros de passes e lançamentos inoportunos para dentro da área.

O mérito pelo título não deve ser tirado. Foi o melhor time, o que marcou mais gols, jogou melhor durante toda competição, mas sofreu uma queda nas partidas finais. O Brasileirão é outro nível a ser jogado, no meio de semana já tem jogo e precisa de mais intensidade para não sofrer. Por enquanto, a comemoração tá liberada...


Comentários

Relacionadas

Veja Também

Fique Informado!!

Deixe seu email para receber as últimas notícia do dia!