Incêndios ameaçam capacidade de florestas armazenarem CO2

Algumas regiões não se recuperam de incêndios repetitivos

Por Da Redação
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Incêndios ameaçam capacidade de florestas armazenarem CO2

Foto: Reprodução/ BBC

As queimadas frequentes ameaçam os ecossistemas e a capacidade das florestas em armazenar dióxido de carbono, segundo uma pesquisa recente publicada na revista científica Nature Ecology and Evolution. De acordo com os resultados, algumas regiões não se recuperam de incêndios repetitivos, ou seja, aqueles que acontecem várias vezes ao longo do ano. 

A análise foi liderada pelo pesquisador Adam Pellegrini do Departamento de Ciências Vegetais da Universidade de Cambridge, que também levou em consideração evidências recolhidas ao longo de décadas. A equipe mapeou os danos sofridos por regiões com incêndios anuais e as mudanças ao longo de 50 anos.

Como consequência do desaparecimento de 72% da quantidade de árvores, está a capacidade de armazenamento carbono das florestas. Nesse cenário, é importante o imediato plantio dessas árvores que foram perdidas. 

No entanto, o pesquisador pontua que apesar nas regiões mais úmidas favorecerem o crescimento das árvores, elas são mais propensas a incêndios (assim como as regiões mais secas). As zonas que oferecem maior segurança são as com temperaturas moderadas. 

“Plantar árvores em áreas onde as árvores crescem rapidamente é amplamente promovido como uma forma de mitigar as mudanças climáticas. Mas para serem sustentáveis, os planos devem considerar a possibilidade de mudanças na frequência e intensidade do fogo a longo prazo”, ponderou Pellegrini.

“As espécies de árvores mais tolerantes ao fogo geralmente têm crescimento mais lento, reduzindo a produtividade da floresta. Como as mudanças climáticas faz com que os incêndios florestais se tornem mais intensos e as secas mais severas, a capacidade de recuperação das florestas fica prejudicada — reduzindo sua capacidade de armazenamento de carbono”, explica o pesquisador.

O estudo, que tem financiamento do Instituto Nacional de Alimentos e Agricultura dos Estados Unidos e da Fundação Gordon e Betty More, é o mais amplo de seu gênero com dados de 29 locais de diferentes ecossistemas, divididos entre África, Austrália, Europa e América do Norte. 

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