Incêndios na Amazônia afetam saúde de mais de cinco mil crianças na região
Os atendimentos gerou um custo excedente de R$ 1,5 milhão para o SUS

Foto: Agência Brasil
Estudo divulgado nesta quarta-feira (2) por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) demonstram que, entre maio e junho deste ano, as internações de crianças com menos de 10 anos que apresentavam problemas respiratórios chegaram a 5.091, o dobro em relação à média calculada para o mesmo período na série histórica dos últimos dez anos.
Esse aumento, puxado por aproximadamente 100 municípios situados próximos a áreas mais afetadas por incêndios, representa um custo excedente de aproximadamente R$ 1,5 milhão ao Sistema Único de Saúde (SUS). Cada internação dura em média quatro dias, custando R$ 630.
Foi feita uma varredura para separar apenas os dados de internação hospitalar dos meses de maio e junho, o último período disponível. Ao realizar esse procedimento, os pesquisadores também identificaram que a criança que vive em área mais próxima aos incêndios tem 36% mais chances de precisar se internar por problemas respiratórios.
O levantamento mostra ainda que, em cinco dos nove estados da região, houve aumento das mortes de crianças com menos de 10 anos hospitalizadas por problemas respiratórios. Em Roraima, por exemplo, houve 2.398 mortes para cada grupo de 100 mil crianças entre janeiro e julho de 2019. No mesmo período do ano passado, a proporção foi de 1.427 para cada grupo de 100 mil.