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Índice de isolamento no Brasil atinge 34%, mas especialistas recomendam 70%

O Estado que atingiu o limite mais alto foi o Ceará, com 43%

Por Da Redação
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Índice de isolamento no Brasil atinge 34%, mas especialistas recomendam 70%

Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Dados do monitor Estadão/Inloco apontaram que o índice de isolamento social no Brasil ainda estão distantes dos 70% preconizados por especialistas para conter a disseminação da Covid-19. Atualmente, o percentual está em 34,4%. Entre os Estados, o Ceará registra o índice mais alto de isolamento, com 43%. No fim do ranking, estão Espírito Santo (31,2%), Mato Grosso do Sul (31%) e Santa Catarina (30,3%). São Paulo teve taxa de 33,5%.  

De acordo com a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, em entrevista ao Estadão, as medidas da fase emergencial devem reduzir a circulação de pessoas e, posteriormente, a transmissão do vírus. “Fizemos uma estimativa e, com as mudanças do teletrabalho, vamos ter redução de até 4 milhões de pessoas circulando e melhora do isolamento", diz ao ressaltar que a população também precisa colaborar e entender que todas as restrições tem o propósito de evitar colapso nos hospitais. 

O infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, que também foi ouvido pela reportagem, frisa que apenas com uma taxa de 70% é possível reduzir o número de casos e evitar um agravamento nas unidades de saúde.

“Fase emergencial ainda não é lockdown. Nunca chegamos a um nível de 70% de isolamento e, para evitar a transmissão rápida, só acima de 70%.” Croda explica que duas semanas de lockdown seriam suficientes para alcançar este resultado. “Só acima de 60% que tem a taxa de contágio abaixo de 1 com queda lenta e progressiva. Com 50%, não tem aceleração, mas não tem redução. É estabilidade com platô elevado."

Uma outra infectologista, Carolina Cipriani Ponzi avalia o aumento das infecções e reforça que esse número em constante crescimento contribui para o aumento de mortes, além do país dar origem a novas variantes do vírus. 

“Quanto mais os vírus se replicam, maiores são as chances de sofrer mutações. Se deixarmos o vírus se espalhar solto por aí estaremos permitindo que tenhamos uma nova variante brasileira além da P1 (cepa identificada originalmente em Manaus, que estudos já mostraram ser mais transmissível)”, pontua. 

“Paradoxalmente, por mais que esteja na mídia todos os dias que há taxa elevada de transmissão e colapso no sistema de saúde, a gente ainda vê pessoas sem máscara na rua, ou usando no queixo, fazendo chá de bebê, festas de casamento. Se todo mundo fizesse a sua parte de distanciamento social, não seria necessária medida tão drástica como lockdown”, conclui.

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