Índices de depressão e ansiedade em jovens dobram na pandemia, diz estudo
Pesquisadores mostram preocupação com aumento do transtorno de ansiedade

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Um estudo global realizado por pesquisadores canadenses observou que as taxas de prevalência de ansiedade e depressão entre jovens (com 18 anos ou menos) dobraram durante a pandemia.
Os resultados que foram publicados nesta segunda-feira (9), no periódico científico JAMA Pediatrics, da Associação Médica Americana, mostram que o índice de jovens com sintomas de depressão era de 12,9% antes da covid-19.
Dados de 29 estudos feitos em diversos países foram analisados, contendo 80,8 mil pessoas com 18 anos ou menos. Com os resultados, os pesquisadores concluíram que 25,2% dos jovens apresentavam sintomas de depressão nos meses subsequentes ao surgimento da doença.
"Os sintomas depressivos, que incluem sentimentos de tristeza, perda de interesse e prazer nas atividades, bem como interrupção das funções regulatórias, como sono e apetite, podem ser elevados durante a pandemia como resultado do isolamento social devido ao fechamento de escolas e requisitos de distanciamento físico", justificam os autores do estudo.
Em relação ao transtorno de ansiedade generalizada, a predomínio subiu de 11,6% para 20,5%.
"Os sintomas de ansiedade generalizada na juventude se manifestam como preocupação, medo e hiperexcitação incontroláveis. Incertezas, interrupções nas rotinas diárias e preocupações com a saúde e o bem-estar da família e entes queridos durante a pandemia de covid-19 estão provavelmente associadas a aumentos na ansiedade generalizada na juventude", acrescentam os pesquisadores.