Infectologista afirma que, apesar do avanço da vacinação, uso de máscara deve ser mantido
Máscaras protegem contra novas infecções pelo novo coronavírus

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Em entrevista ao portal R7, a infectologista Andyane Tetila afirma que, embora a vacinação contra o novo coronavírus esteja avançada no Brasil, o uso das máscaras não deve ser negligenciado. Segundo ela, os imunizantes contra a Covid-19 têm papel de redução dos efeitos causados pela doença, e não de proteção contra novas infecções. “As máscaras ainda são necessárias, mesmo após a imunização completa, em decorrência de que as vacinas não possuem o objetivo direto de proteção contra novas infecções, e sim de redução de risco de evolução para uma doença com gravidade”, disse.
Com o avanço da vacinação, os brasileiros voltaram a se reunir em família e, em muitos casos, não usam máscaras. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), do governo dos Estados Unidos, as recomendações para reuniões familiares são de evitar grande quantidade de pessoas em locais fechados, usar máscaras, manter distanciamento social e dar preferência para confraternizações virtuais.
Ainda de acordo com a infectologista, as medidas de proteção contra o novo coronavírus não se alteram em reuniões familiares, devendo-se evitar demonstrações físicas de afeto, como abraços, cumprimentos e beijos. “Nas reuniões sociais, ou familiares, os mesmos protocolos de prevenção de transmissão do vírus devem ser mantidos: utilização das máscaras respiratórias enquanto não estiver alimentando-se, manutenção do distanciamento entre as pessoas de diferentes núcleos familiares, e a higienização das mãos. Os cumprimentos, abraços e beijos, que tanto temos costume de praticar nestes encontros, infelizmente precisam ainda ser evitados. O vírus permanece em circulação em nosso país, mantendo o risco de infecção e ocorrência de casos sintomáticos”, explica Andyane.
Para quem ainda recebeu apenas uma dose do imunizante, Andyane lembra que o cuidado deve ser ainda maior, pois a proteção ainda não está completa. “Os estudos de aprovação das vacinas mostraram a necessidade de duas doses para a maioria delas, aumentando assim, a efetividade e a porcentagem de proteção contra a ocorrência de casos com gravidade”, disse.
No caso dos idosos, ela explica que, mesmo com a imunização completa, devem seguir os protocolos de proteção, evitando, por exemplo, pegar os netos no colo, pois as crianças podem ser portadoras e potenciais transmissoras do vírus. Para Andyane, o fim do uso de máscaras só deve ocorrer quando, pelo menos, 80% da população acima de 18 anos estiver com a imunização completa.


