Inflação: 90% das profissões brasileiras registraram uma queda no poder de compra

Os dados fazem parte de um levantamento exclusivo da CNC

[Inflação: 90% das profissões brasileiras registraram uma queda no poder de compra ]

FOTO: Marcelo Camargo/EBC

Cerca de 90% das profissões brasileiras registraram uma queda no poder de compra entre março de 2021 e o mesmo mês deste ano. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o causador é a inflação, que superou a casa dos 11,7% no período. 

Os dados fazem parte de um levantamento exclusivo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), feito a pedido da CNN e divulgado nesta terça-feira (17). Para a elaboração do estudo, foram consideradas as 140 profissões mais representativas do país, que englobam 72% da população no mercado de trabalho.

De acordo cm o levantamento da CNC, os profissionais que foram mais afetados conforme o levantamento foram os faxineiros, com perda de 16% no poder de compra, e motoristas de ônibus, com perda de 3,9%. 

Em contrapartida, impulsionadas pelas necessidades geradas pela pandemia, médicos clínicos e profissionais de tecnologia da informação (TI) estão entre as poucas carreiras no Brasil que tiveram um reajuste salarial que superou a pressão inflacionária. Os profissionais de saúde tiveram uma alta de 16% na remuneração mensal, enquanto o vencimento dos programadores de Sistemas de Informação subiu aproximadamente 4%, já descontada a inflação.

Já médico clínico, com aumento de 16,1% acima da inflação, lidera as profissões com melhor resultado. Logo em seguida vem controlador de entrada e saída de suprimentos e máquinas (+ 12,5%), estoquista (+9,4%), professor de nível superior na educação infantil (+6,1%), programador de sistemas de informação (+4,3%) e operador de máquinas na produção agrícola (+0,1).
 


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