Inflação acelera na Região Metropolitana de Salvador, mas fica abaixo da média nacional
Combustíveis e refeiçoes fora de casa foram os itens que mais pressionaram o IPCA

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A inflação registrada na Região Metropolitana de Salvador (RMS) no mês de agosto foi de 0,04%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acelerou tanto em relação a julho (-0,14%) quanto ao apurado em agosto de 2018 (-0,27%), no entanto, ficou abaixo da média nacional (0,11%).
O resultado representou a segunda menor alta entre as 16 áreas pesquisadas – acima apenas do IPCA da Região Metropolitana de Recife (0,01%). No país como um todo, a inflação de agosto foi mais elevada nas regiões metropolitanas de Fortaleza (0,33%) e São Paulo (0,33%). Por outro lado, sete áreas tiveram deflação. As menores taxas ficaram com o município de Aracaju (-0,47%) e a Grande Vitória (-0,50%).
No acumulado de 2019, o IPCA teve alta de 2,17% e chegou a 3,27% nos 12 meses encerrados em agosto. Os dois indicadores aceleraram em relação a julho, mas estão abaixo da média nacional (2,54% e 3,43%, respectivamente).
Altas
Os itens que puxaram a inflação de agosto para cima na Região Metropolitana de Salvador foram Combustíveis (6,81%), alimentação fora de casa (0,70%) e vestuário (0,83%). Individualmente, a gasolina (6,65%) foi o item que mais pressionou o IPCA, seguida pelo etanol (12,20%) e pela refeição fora (0,81%). No vestuário, as principais contribuições foram as roupas em geral (0,75%), principalmente as masculinas (2,30%), influenciado em parte pelo Dia dos Pais.
"A gasolina, na região metropolitana de Salvador, veio de duas quedas seguidas no IPCA. Neste ano, o acumulado estava negativo até julho. Esse aumento pode ter sido um movimento de recuperação dos preços por parte dos postos. Outras quatro áreas tiveram aumento em agosto, além da RMS, mas o nosso foi o maior de todos", analisa a supervisora de disseminação de informações do IBGE, Mariana Viveiros.
Baixas
A inflação em agosto na RMS só não foi mais alta por causa do grupo alimentação e bebidas, que teve a maior deflação no mês (-0,73%), puxada pelos alimentos consumidos no próprio domicílio (-1,38%). Itens importantes no dia a dia, como tomate (-21,26%), pão francês (-3,68%) e batata-inglesa (-15,61%) registraram fortes quedas. O tomate teve a maior deflação acumulada neste ano (-18,74%).
A energia elétrica (-1,37%) e o gás de botijão (-1,64%) colaboraram na deflação média do grupo habitação (-0,25%) e puxaram o IPCA para baixo. E a passagem aérea (-18,55%) já tem, no acumulado do ano, a segunda maior retração (-18,28%).


