Inflação brasileira atinge nível inferior à da zona do euro e do Reino Unido
Condução do Banco Central e queda de petróleo e impostos geraram diferença, segundo especialistas

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Depois de registrar dois meses seguidos de queda, a inflação do Brasil agora é inferior às de alguns países desenvolvidos, incluindo os membros da zona do euro e o Reino Unido. As informações são da CNN Brasil Business.
Especialistas pontuaram que essa diferença no comportamento da inflação nos outros países ocorre devido a uma série de fatores. No Brasil, citam a condução do ciclo de alta de juros pelo Banco Central, queda no preço do petróleo e corte de impostos.
O cenário brasileiro foi apontado como mais positivo que o de outros vizinhos latino americanos, como a Argentina, o Chile e o México.
Na comparação com os Estados Unidos, “a melhora não é tão significativa. Lá, a inflação de núcleo e número cheio pelo IPC deram uma parada, o que dá melhora na margem”, explica o economista-chefe da EQI, Stephan Kautz.
No Brasil, conforme o economista-chefe da Órama, Alexandre Espírito Santo, o quadro de inflação é positivo mesmo desconsiderando os cortes do ICMS e combustíveis, já que o índice de difusão da inflação caiu de mais de 80% para perto de 60%, com recuo nos preços dos alimentos.
Para os próximos meses, Alexandre vê uma inflação brasileira mais controlada, com um Banco Central ainda vigilante, mas sinais de que “o pior já passou”.
“A inflação esse ano vai ser mais próxima de 6%, em 2023 mais próxima de 5% e pode até entrar no teto da meta. O cenário prospectivo é muito melhor que o dos Estados Unidos e especialmente da Europa”, avalia.