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Inflação dos serviços perde força e tem o menor nível em nove meses, aponta IBGE

Em agosto, a inflação das atividades do segmento aumentou 0,28%

Por Da Redação
Ás

Inflação dos serviços perde força e tem o menor nível em nove meses, aponta IBGE

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

De acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a deflação registrada no mês de agosto foi acompanhada por uma alta menor dos preços no setor de serviços, o mais importante da economia nacional. No mês, a inflação das atividades do segmento aumentou 0,28%, a menor taxa desde novembro de 2021. 

Os dados do IPCA correspondem à segunda desaceleração seguida de preços dos serviços, após altas de 0,9% em junho e de 0,8% em julho. Em agosto do ano passado, a inflação do segmento foi de 0,39%.

Apesar das altas em ritmo menor, os preços do setor de serviços subiram 8,76% no acumulado dos últimos 12 meses, variação semelhante à do índice oficial de preços (+8,73%), que figura abaixo dos dois dígitos pela primeira vez em um ano.

O economista e assessor de investimentos da Blue3, Eric Barros, explica que a retomada da economia tende a elevar o preço dos serviços, cenário que deve ser ainda observado nos próximos meses. "Apesar da queda em agosto, a tendência é que a inflação dos serviços se mantenha em alta por algum tempo", afirma ele.

Rodrigo Sodré, economista e sócio da BRA, também afirma que os resultados são reflexo da redução da alíquota do ICMS sobre a gasolina e a energia elétrica nos estados. "Essa queda refletiu nos meses anteriores e foi verificado com menor força no mês de agosto", destaca.

No mês passado, a perda de força da inflação dos serviços foi impulsionada pela queda de 12,07% no preço das passagens aéreas. Também recuaram os valores dos planos de telefonia móvel (-2,67%), das casas noturnas (-1,16%), do cinema, teatro e concertos (-1,07%) e dos transportes por aplicativo (-1,06%).

O gerente responsável pelo IPCA, Pedro Kislanov, avaliou que a queda das passagens aéreas após quatro meses consecutivos de alta pode ser explicada pela sazonalidade do mês. "Essa é uma comparação com julho, que é um mês de férias e há aumento da demanda. Além disso, foram quatro meses seguidos de alta, o que eleva a base de comparação. Também há o impacto da redução do querosene de aviação", avalia.

As variações de preços do setor também são determinantes para os próximos passos do BC (Banco Central) na condução da política monetária e podem determinar um período mais prolongado dos juros em níveis elevados. Em julho, a autoridade monetária avaliou que o processo de normalização de alguns setores de serviços em diversos países emergentes “deve contribuir para manter pressão sobre os índices de inflação”.

Difusão

Em agosto, chamada difusão atingiu três de cada cinco (65,8%) atividades do setor. Entre os 38 serviços analisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 25 ficaram mais caros, oito (21%) estão mais baratos e cinco (13,2%) apresentaram estabilidade no mês passado.

Entre as altas apuradas no mês aparecem as mudanças (+3,92%), o seguro voluntário de veículo (+2,27%) os serviços de costureira (+2,12%), a hospedagem (+1,52%), o aluguel (+1,42%) e pintura de veículo (+1,12%), os cursos diversos (+1,14%) e a alimentação fora de casa (+0,89%).

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