Inflação do fast-food vai a 8,7% nos últimos meses
Produtos do ficam mais caros para o consumidor
A alta da inflação vem elevando os preços do fast-food no Brasil. Isso porque o valor dos insumos, como proteínas e papelão para embalagens, está cada vez mais elevado. Nos últimos dois meses, os “combos” de produtos mais populares chegaram a subir 40%. A Arcos Dorados, que opera o McDonald’s no país, afirmou, em novembro, que vem usando um modelo dinâmico para definir preços. O Burger King elevou os preços de produtos de entrada no Brasil, de R$ 9,90 para R$ 10,90, no mês passado, e hoje chegam a R$ 13,90.
O índice de desempenho do foodservice (IDF) aponta que em outubro houve um aumento nominal de 5,3% nas vendas em relação a igual mês de 2019. Nesse intervalo, a alta nos preços no segmento foi superior, atingindo 14,7%. Portanto, há queda real nas vendas de 9,4%, mostra a pesquisa com associados. Em relação a outubro de 2020, a alta nas vendas é de 22%, para uma inflação de 8,7% no período. A crise que reduz a renda dos mais jovens afeta esse mercado: 13% dos brasileiros entre 18 e 34 anos são considerados clientes ativos das redes de fast-food, a maior taxa entre as faixas etárias.
Outro levantamento do IFB, em novembro, mostra que 64% dos estabelecimentos entendem que o maior desafio de 2022 será a inflação e o aumento de custos. bAs empresas BK Brasil, Arcos, Pizza Hut e KFC reportaram em seus balanços altas nas vendas líquidas entre 20% e 40% no acumulado até setembro, com ganho de margem após despesas. Isso indica que as redes vêm conseguindo repassar os aumentos internos sem perder margem. Outra forma de identificar esses repasses é pelo crescimento no tíquete médio do consumidor.
Houve uma elevação de quase 13% no gasto por compra nos 12 meses até outubro. Esse tíquete passou de R$ 31,50 para R$ 35,60 no período, no levantamento com os associados. Apesar da inflação, dados de vendas mostram expansão no faturamento das grandes cadeias ao longo do ano, e rentabilidades maiores. No McDonald’s no país, as vendas líquidas no terceiro trimestre subiram 39% sobre o ano anterior. No BK Brasil, a receita avançou 36%.
