Inflação dos EUA sobe 7% em 12 meses, maior alta em quase 40 anos

Índice de preços ao consumidor teve alta de 0,5% no mês passado, após alta de 0,8% em novembro

Por Da Redação
Às

Inflação dos EUA sobe 7% em 12 meses, maior alta em quase 40 anos

Foto: Reprodução/Pixabay

Os preços ao consumidor nos Estados Unidos tiveram uma elevação em dezembro, com o maior aumento anual da inflação em quase quatro décadas, o que pode reforçar as expectativas de que o Federal Reserve começará a elevar os juros já em março.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,5% no mês passado, após avançar 0,8% em novembro, segundo o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (12).

Nos últimos 12 meses até dezembro, o índice subiu 7%, sendo o maior avanço anual desde junho de 1982, após aumento de 6,8% em novembro. Segundo economistas ouvidos pela Reuters, a previsão era de alta de 0,4% para o índice no mês e salto de 7% na base anual.

Atualmente, a economia norte-americana enfrenta uma inflação alta a cerca que a pandemia de Covid-19 bloqueia as cadeias de abastecimento. Esse alto custo de vida acaba pesando no índice de aprovação do presidente Joe Biden.

A inflação nos EUA está muito acima da meta de 2% do Fed. Ela está sendo elevada por pressões salariais iniciais. De acordo com o governo norte-americano, a taxa de desemprego teve queda a uma mínima em 22 meses de 3,9% em dezembro, sugerindo que o mercado de trabalho está no pleno emprego ou próximo a ele.

"A lista de razões para o Fed começar a remover sua política monetária expansionista está crescendo", afirmou Ryan Sweet, economista sênior da Moody's Analytics. "A inflação precisaria desacelerar rapidamente para tirar parte da pressão sobre o Fed e é improvável que isso ocorra."

Nos 12 meses até dezembro, o chamado núcleo do índice de preços ao consumidor cresceu a 5,5%. Esse foi o maior ganho anual desde fevereiro de 1991, depois do avanço de 4,9% em novembro.

O núcleo da inflação vem sendo impulsionado por conta do aumento dos preços de serviços como aluguéis e bens escassos, como veículos. A taxa do núcleo do índice em relação a um ano antes deve atingir o pico em fevereiro.

"O primeiro trimestre deve observar um pico de inflação, com preços menores de energia e um declínio na inflação de alimentos e automóveis permitindo uma alta mais lenta dos preços para o restante do ano", disse David Kelly, estrategista-chefe global do JPMorgan Funds em Nova York.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário