Inflação é a principal ameaça à retomada da economia global, diz OCDE

A Organização reduziu a projeção de crescimento da China e dos Estados Unidos

[Inflação é a principal ameaça à retomada da economia global, diz OCDE]

FOTO: Pixabay

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou nesta quarta-feira (1º) que o principal risco para as perspectivas econômicas globais é que o presente salto da inflação se mostre mais longo e seja mais forte do que o esperado. Segundo a organização econômica, o crescimento econômico global deve atingir 5,6% neste ano antes de se moderar para 4,5% em 2022 e 3,2% em 2023. 

A expectativa sobre a economia global pouco se alterou em relação à estimativa anterior, de 5,7% para 2021, enquanto a previsão para 2022 ficou inalterada. No entanto, foi a primeira vez que a OCDE divulgou projeções para 2023.

Com a economia global se recuperando com força, as empresas estão tendo dificuldades para atender ao retorno da demanda dos clientes pós-pandemia, provocando alta da inflação em todo o mundo em meio a gargalos nas cadeias de oferta globais.

Como a maioria das autoridades no campo da economia, a OCDE disse que o salto deve ser transitório e diminuir conforme a demanda e a produção voltarem ao normal. "O principal risco, no entanto, é que a inflação continue a surpreender para cima, forçando os principais bancos centrais a apertar a política monetária mais cedo e com mais força do que o projetado", afirmou.

Desde que esse risco não se materialize, a inflação nos países da OCDE deve chegar a um pico de cerca de 5% e recuar gradualmente a cerca de 3% até 2023, afirmou a organização econômica. A OCDE ressaltou ainda que diante do cenário, os bancos centrais devem aguardar que as tensões de oferta diminuam e sinalizar que vão agir se necessário. 

Para os Estados Unidos, a OCDE projetou crescimento econômico de 5,6% neste ano, 3,7% em 2022 e 2,4% em 2023, ante projeções anteriores de 6,0% em 2021 e 3,9% em 2022. A perspectiva para a China também foi menos otimista, com previsão de expansão de 8,1% em 2021 e 5,1% tanto em 2022 quanto em 2023. Anteriormente a OCDE calculava 8,5% em 2021 e 5,8% em 2022.

Já o cenário para a zona do euro é um pouco melhor do que esperado antes, com crescimento calculado em 5,2% em 2021, 4,3% em 2022 e 2,5% em 2023. As previsões anteriores eram de 5,3% em 2021 e 4,6% em 2022.


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