Inflação e desemprego faz índice de miséria ter alta recorde no país
Aumento nos preços da energia elétrica, combustíveis, transportes e alimentos colaboram para essa estatística

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Com a alta da inflação e pouca oferta de postos de trabalho, o chamado "índice de miséria", um indicador simplificado que mede a satisfação da população com o panorama econômico atual", tem registrado patamar recorde no país.
O percentual é medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a metodologia utilizada pela Pnad desde 2012, o mês de maio registra o maior resultado do índice de miséria. A taxa do desemprego no Brasil pontuou 14,6% no trimestre encerrado no mesmo mês, o que renovou o recorde, chegando a 23,47 pontos.
As altas da inflação também interfere nesse indicador, e isso se deve aos preços da energia elétrica, combustíveis, transportes e alimentos. Outro quesito que pode intensificar o problema é o de bens industriais, com a escassez internacional de insumos para produção, o que também faz subir os preços.
De acordo com os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram criadas 1,5 milhão de vagas de empresa formal neste ano, no entanto, o economista, Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, ouvido pelo G1, pontua que o trabalhador que mais foi afetado pela pandemia de Covid-19 foi o informal, um campo que o Caged não gera estatística.
"Por enquanto, não adianta comemorar o Caged porque há muita recuperação a ser feita pelo lado do trabalho informal", diz o economista.