Inflação global é estimulada por alta demanda e problemas em cadeias produtivas
Segundo especialistas, elevação dos preços deve continuar pelo menos até o primeiro semestre de 2022
Foto: Reprodução/R7
A inflação global, um movimento de alta de preços, se potencializou por consequência da pandemia de Covid-19, em especial após os recordes de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, registrando a maior alta dos últimos 30 anos, e ao produtor na China, com a maior elevação em 25 anos.
Esses países contém as duas maiores economias do mundo. Com isso, os efeitos inflacionários, principalmente o aumento em custos de produção e nos preços de produtos, tendem a se espelhar.
Em muitos casos, problemas são identificados em cadeias de fornecimento, com preços altos ou falta de produtos, e uma demanda aquecida da população devido a estímulos governamentais.
De acordo com especialistas, ambos fatores estão entre as principais causas de um fenômeno inflacionário que ainda deve durar, pelo menos, até o primeiro semestre de 2022, prejudicando a recuperação econômica mundial.
“A pandemia é um elemento externo à economia, não é um fenômeno econômico, mas tem consequências econômicas porque desorganiza a produção com a necessidade de períodos de isolamento”, diz Simão Silber, professor da FEA-USP.
