Economia
Preço dos alimentos, coronavírus e desvalorização do real são apontados como responsáveis por diferença
FOTO: Reprodução/Agência Brasil
Nos nove primeiros meses do ano, a inflação para as famílias com menor renda acumula uma alta de 2,5%. Ao mesmo tempo, a taxa para a classe de renda mais alta é de 0,2%. Os dados são do indicador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) de inflação por faixa de renda, que em setembro registrou aceleração dos preços em todas as classes pesquisadas.
O indicador divide as famílias em seis faixas de renda e avalia como a inflação afeta, mês a mês, cada um desses grupos. De acordo com a classificação da pesquisa, as famílias de renda muito baixa são as que têm ganho domiciliar menor que R$ 1.650,50. E as classificadas como de renda alta são aquelas cujo ganho domiciliar é superior a R$ 16.509,66.
A explicação para essa diferença no peso da inflação para famílias ricas e pobres está principalmente no aumento expressivo de preços de alimentos neste ano. De janeiro a setembro de 2020, a alta nos alimentos em domicílio é de 9,2%. O boletim do Ipea destaca os impactos dos aumentos no arroz (41%), feijão (34%), leite (30%) e óleo de soja (51%).
Os economistas apontam que além do aumento da demanda e consumo tanto interno quanto e externo por alimentos, junto com o pagamento do auxílio emergencial por causa da pandemia do novo coronavírus e a forte desvalorização do real nos últimos meses, tornaram os produtos brasileiros mais baratos para quem compra em dólar, tem estimulado ainda mais as exportações.
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