Inflação registrou alta para famílias de baixa renda em outubro
Segmento que mais contribui para alta inflacionária foi habitação

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta sexta-feira (12), mostrou aceleração da taxa de inflação para todas as faixas de renda no mês de outubro, sendo maior para famílias de mneor renda pela sétima vez seguida.
A taxa de 1,35% ficou 0,15 ponto percentual acima da taxa das famílias de maior renda (1,2%). Em outubro do ano passado, as taxas apuradas foram de 0,98% para as famílias de renda mais baixa e 0,82% para as famílias de renda mais alta.
O segmento que mais contribuiu para a alta foi habitação, com aumentos de 1,1% dos reparos no domicílio e de 0,95% dos artigos de limpeza. Outros reajustes também foram observados 1,2% das tarifas de energia elétrica, 3,7% do gás de botijão e 0,9% do aluguel.
O segundo segmento que mais afetou a inflação das famílias de menor renda foi o de alimentos e bebidas, gerado pelo aumento dos alimentos no domicílio, especialmente a batata (16%), açúcar (6,4%), café (4,6%) e aves e ovos (3,2%), além do incremento de 0,91% dos produtos farmacêuticos. Em contrapartida, caíram os preços do arroz (-1,4%), feijão (-1,9%) e carnes (-0,04%).
Acúmulo de 12 meses
De acordo com o Ipea, a inflação acumulada em doze meses atingiu 11,4% para as famílias que recebem menos de R$ 1.808,79 ao mês, contra 9,3% para as famílias que recebem mais de R$ 17.764,49 mensais.
Para as famílias de renda muito baixa, além dos aumentos nos preços dos alimentos no domicílio, subiram também os preços da batata (23,6%), açúcar (47,8%) e proteínas animais como carnes (19,8%), aves e ovos (28,9%) e leite e derivados (8,8%). Os reajustes de 30,3% da energia e de 37,9% do gás de botijão explicam ainda grande parte da alta inflacionária nos últimos 12 meses.


