Inquérito aberto pelo presidente do STJ contra a Lava-Jato cita seis procuradores como alvos iniciais
Investigações foram baseadas em informações divulgadas pela imprensa
Foto: Divulgação/STJ
O inquérito aberto pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Humberto Martins para investigar supostas ilegalidades cometidas por investigadores da Operação Lava-Jato cita nominalmente seis procuradores como alvos iniciais da investigação, com base apenas em notícias publicadas na imprensa e em informações de uma entrevista dada por Walter Delgatti Neto para o site Brasil 247.
Foi ele quem invadiu o celular de autoridades públicas e obteve acesso aos diálogos entre procuradores. De acordo com os documentos, não apenas procuradores da força-tarefa de Curitiba entraram na mira de Humberto Martins, mas também outros investigadores.
Além disso, de acordo com informações divulgadas besta terça-feira (23) pelo jornal O Globo, ele dá detalhes da investigação indicam que Martins quer investigar as razões pelas quais ele e seu filho, o advogado Eduardo Martins, foram delatados por Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.
Martins coloca como um dos alvos a subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen, uma das mais experientes do Ministério Público Federal na área criminal, com base apenas em declarações dadas pelo hacker. Na entrevista, Delgatti Neto afirmou que Luiza mantinha contato com Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba, e citou genericamente que ela repassava informações sem provas à força-tarefa.
