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Inquérito aponta contradições da PM sobre mortes de jovens em ação policial na Bahia

Caso ocorreu em julho deste ano em Camaçari; policiais teriam afirmado que houve troca de tiros

Por Da Redação
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Inquérito aponta contradições da PM sobre mortes de jovens em ação policial na Bahia

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Os jovens  Gilson Jardas de Jesus Santos, de 18, e Luan Henrique Rocha de Souza, de 20 anos foram mortos em julho deste ano durante uma ação policial no loteamento Canto dos Pássaros, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador. 

Na época, a 59ª Companhia Independente da PM (CIPM/Abrantes) informou que os dois irmãos teriam reagido a uma abordagem e atirado contra os policiais, que atiraram para se proteger. Conforme o registro, os agentes apreenderam duas pistolas calibre .40, uma espingarda calibre 12 e uma réplica de pistola com os jovens. 

Contudo, um inquérito policial, divulgado pela TV Bahia, questiona essa versão apresentada pela Companhia e apontam uma série de inconsistências. 
De acordo com o documento, a perícia realizada no imóvel em que ocorreu as mortes, revelou  “ausência de perfurações de arma de fogo na parte externa da casa, como paredes e portas”, o que contradiz a alegação de troca de tiros.

O laudo também mostra que  a viatura usada na operação foi periciada “não apresentou dano causado por projétil de arma de fogo”, e os exames de pólvora combusta nas mãos dos jovens não detectaram partículas de chumbo, descartando indícios de que eles tenham disparado armas.

Segundo a Polícia Civil, inquérito do caso foi concluído em 18 de julho, porém o Ministério Público da Bahia (MP-BA) devolveu o procedimento e solicitou a reconstituição da ação. 

A Polícia Militar da Bahia informou que os policiais envolvidos foram afastados das atividades operacionais e direcionados para atendimento psicológico. O processo de apuração interna segue em andamento.

Os agentes identificados como integrantes da ação são o subtenente Jomário Prata Gois Santana, chefe da guarnição, e os soldados Fábio da Silva Menezes, Reinilson da Silva Brito e Danilo Silva de Santana, do Patrulhamento Tático Operacional (Peto) da 59ª CIPM.

Gilson era o irmão mais velho de Luan, trabalhava em uma fazenda de eucaliptos, e estudava para se tornar Testemunha de Jeová. Já Luan Henrique, trabalhava como ajudante de pedreiro e estava esperando um filho. 

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