Inquérito aponta falhas de segurança na viagem do militar preso com cocaína
Militar teria viajado em avião da FAB durante viagem presidencial

Foto: Reprodução
A investigação da Aeronáutica que apontou que o sargento Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha em junho com 39 kg de cocaína, entrou no avião da FAB ainda desligado e não passou a bagagem pelos procedimentos de segurança previstos. A informação foi divulgada neste domingo pelo Fantástico.
Segundo o veiculo de comunicação, o militar estava na comitiva presidencial que levava o presidente Jair Bolsonaro – que estava em outra aeronave – ao encontro do G20 no Japão.
O inquérito apontou que o sargento Silva Rodrigues: entrou na aeronave ainda desligada três horas antes do voo, o que chamou atenção dos colegas; colocou a mala com a droga no fundo do avião; disse a colegas que levava apenas uma mochila e um porta-terno; ao pousar em Sevilha, pegou a mala e afirmou a uma testemunha que levava apenas "doce e queijo para uma prima".
Através de sua rede social, o General Heleno desmentiu a informação que Silva Rodrigues é integrante da comitiva presidencial. "Fantástico insiste em dizer que o Sargento que embarcou com 39 kg de Cocaína em avião da Fab integrava comitiva presidencial. É desonestidade intelectual, se aproveitando da liberdade de imprensa, lamentável", escreveu no Twitter.
Em mandado de busca e apreensão no apartamento onde o sargento vivia, em Brasília, os investigadores encontraram uma coleção de relógios, um celular no valor de R$ 7 mil e eletrodomésticos caros – alguns ainda lacrados.
A investigação também descobriu que o militar comprou, em dinheiro, uma motocicleta no valor de R$ 34 mil. O inquérito apura se os bens encontrados estão compatíveis com o salário de Silva Rodrigues, de R$ 7,2 mil. A defesa do sargento alega que, com as diárias de viagem, a renda pode chegar a R$ 14 mil por mês.


