INSS: mais de 1,1 milhão esperam por perícia médica; instituto só dará benefício com atestado
Expectativa é que, em 90 dias da implementação das medidas, os agendamentos já estejam normalizados
Após quase dois meses da greve de funcionários e peritos médicos, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alcançou a marca de 1,1 milhão de perícias agendadas para os próximos meses. Segundo o governo federal, para reduzir a fila será executado um plano de atendimento. O objetivo é que, em 90 dias da implementação das medidas, os agendamentos para a realização de perícia médica já estejam normalizados.
A principal medida é análise documental através de atestados médicos para afastamentos de até 90 dias. Dessa forma, o segurado não precisará fazer a perícia presencial. A medida deve atender localidades com escassez ou falta de médicos peritos, com tempo de espera para perícia médica superior a 30 dias.
Uma portaria que determina as regras para a perícia a distância será publicada no DOU (Diário Oficial da União). As medidas foram decididas em reunião do Conselho Nacional de Previdência Social nesta quinta-feira (26).
Como explicou o Ministério do Trabalho e Previdência, os médicos peritos afirmaram a reposição dos dias parados e prometeram trabalhar para reduzir o estoque de perícias não realizadas em decorrência da greve. Serão executadas perícias extraordinárias, mediante pagamento de bônus de R$ 61,72, além de mutirões para atender a população.
"A ampliação do uso da teleavaliação pericial será outro recurso utilizado para reduzir as perícias represadas. Acordo de cooperação técnica entre o Ministério do Trabalho e Previdência e o INSS implementou um projeto-piloto com o uso da telemedicina em dez municípios, com população entre 10 mil e 15 mil habitantes, que não dispunham de perícia médica presencial", afirma a pasta em nota.