Intenção de consumo das famílias sobe 2,1% e registra 9ª alta consecutiva
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (20) pela CNC

Foto: Reprodução/Agência Brasil
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Brasil apresentou uma elevação de 2,1% em outubro, em comparação com o mês anterior, e alcançou os 87 pontos, próximo de um cenário econômico positivo, quando o índice chega aos 100 pontos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (20) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Como mostra o levantamento, a intenção de consumo entre os brasileiros vem aumento desde fevereiro, apontando nove meses consecutivos. Em comparação com outubro de 2021, período em que o cenário ainda era de incertezas em razão da pandemia de Covid-19, o indicador apresentou um avanço de quase 19%.
Esse resultado é verificado por causa do alívio inflacionário registrado no país, de acordo com a CNC. Além da deflação, registrada por três meses seguidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a recuperação na intenção de consumo das famílias também é influenciada pela retomada do mercado formal de trabalho no Brasil.
Segundo o levantamento, as famílias brasileiras mais pobres, que recebem até 10 salários mínimos, registraram o maior índice de crescimento da intenção de consumo em outubro, com alta de 2,2%. No ano, a variação para esse grupo de foi 20,4%.
Já as famílias mais ricas, com salários superiores a 10 salários mínimos, apresentaram uma alta de 1,7% no consumo em outubro deste ano, em comparação com o mês anterior. Na variação anual, foi registrado aumento de 13,7%.
A especialista em economia e coordenadora da pesquisa, Izis Ferreira, afirmou que, apesar desses avanços, o panorama ainda é instável para os próximos meses. “A inflação, mesmo em queda, segue dificultando o consumo, e o maior nível de endividamento das famílias também reduz a capacidade futura de compras, especialmente das famílias de renda média e baixa”, aponta.