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Investidores com informações privilegiadas colhem lucros com ações da Petrobras

B3 estima que lucro pode ter chegado a R$ 18 milhões

Por Da Redação
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Investidores com informações privilegiadas colhem lucros com ações da Petrobras

Foto: Reprodução/Onze Investimentos

Na semana passada, enquanto o valor da Petrobras caia no mercado, por conta das mudanças promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), teve quem se aproveitou da situação para ganhar muito dinheiro com opções de venda de ações da petroleira, em operações atípicas, que sugerem o uso de informação privilegiada (ou insider trading). O lucro pode ter chegado a R$ 18 milhões, de acordo com o cálculo feito a partir de dados públicos da B3, a bolsa de valores de São Paulo.

De acordo com as informações do blog de Malu Gaspar, do jornal O Globo, não é possível saber quem realizou as operações, porque essa informação é protegida por sigilo bancário. Mas a coluna apurou que ambas foram realizadas por meio de uma mesma corretora. As opções dão a seu portador a garantia de que ele poderá vender a ação de uma empresa a um agente de mercado por um determinado preço, na data do vencimento.

Em geral, as ações são usadas por investidores para se proteger de oscilações bruscas no valor dos papéis, mas também podem ser usadas para apostar contra ou a favor de uma empresa. Gestores de investimento consultados pelo blog afirmaram, sob anonimato, que as características da negociação sugerem o uso de informação privilegiada, crime punido com pena de um a cinco anos de prisão e multa de até três vezes o valor conseguido de forma ilícita.

Os nomes dos compradores dos papéis são protegidos por sigilo, mas a reportagem teve acesso a informações de sistemas internos de operadores de mercado mostram que as duas compras do dia 18 foram feitas usando a plataforma de uma mesma corretora, a Tullet Prebon. Nesse tipo de operação, nem sempre a corretora está diretamente envolvida. Ela pode estar somente prestando serviços.

Mas seu setor de compliance tem o dever de comunicar qualquer movimentação suspeita à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula e fiscaliza o mercado de capitais. Procurei ontem a Tullet Prebon para saber se era o caso, mas não tive resposta. Já a CVM não informou se já conhecia a transação, nem se tem alguma investigação a respeito.

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