Investigação aponta corte no fornecimento de combustível antes de queda de avião da Air India
Um dos pilotos chegou a questionar o outro sobre por que ele havia cortado o motor, mas o colega respondeu que não o havia feito

Foto: Reprodução/AeroIn
O relatório preliminar, divulgado nesta sexta-feira (11), sobre a queda do avião que matou 260 pessoas da Air India, na Índia, revela que o fornecimento de combustível para os motores da aeronave foi cortado 29 segundos antes do impacto.
O relatório revela que os dois botões de fornecimento de combustível (um para cada motor do Boeing 787) foram postos na posição "executar" para "cortado".
O relatório deixa implícito a probabilidade de um dos pilotos ter desligado o fornecimento de combustível de forma proposital, pelo fato de um deles afirmar, segundo a caixa preta: "Um dos pilotos é ouvido perguntando ao outro por que ele cortou [o fornecimento de combustível]. O outro piloto responde que não fez isso".
Ainda não foi esclarecido quem reclamou, se foi o comandante da aeronave ou o copiloto, muito menos o estopim para o combustível ter sido cortado.
O especialista americano em segurança da aviação John Cox disse que um piloto não conseguiria acionar os botões de distribuição de combustível por acidente.
“Não dá para esbarrar neles e eles se moverem”, afirmou.
Ainda foi revelado que não houve orientação a Boeing ou à fabricante do motor, o que é um indicativo de que a investigação vai focar em outras hipóteses.
As autoridades já tinham comunicado, anteriormente, que após chegar a 198 metros de altura o avião começou a perder altitude.
O voo iria para o aeroporto de Gatwick, em Londres. A aeronave tinha 169 passageiros indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. Na queda, o avião causou estragos no alojamento de uma faculdade de medicina em uma área residencial. Ao todo, 29 pessoas morreram que estavam no prédio.
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