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Investigação aponta que Gol e Tam pagaram R$ 3,4 milhões a empresa de fachada ligada

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Investigação aponta que Gol e Tam pagaram R$ 3,4 milhões a empresa de fachada ligada

Empresas teriam participado de esquema em troca de benefício fiscal

Por Da Redação
Investigação aponta que Gol e Tam pagaram R$ 3,4 milhões a empresa de fachada ligada
Foto: Divulgação

Investigações do Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) apontam que as companhias aéreas Gol e a Tam pagaram um total de R$ 3,4 milhões a uma empresa de fachada ligada ao ex-vice-governador do DF, Tadeu Filippelli (MDB). Os repasses teriam sido feitos em troca de benefício fiscal. As informações são do O Globo.

A Operação Antonov, que descobriu o esquema, foi deflagrada na quarta-feira (3) e cumpriu mandados de busca e apreensão contra a Tam e outros investigados. A Gol não foi alvo porque assinou um acordo para colaborar com as investigações.

Durante a investigação, foi descoberto que a empresa de fachada, a 'Objetiva Consultoria e Participações', após receber a propina, repassou os valores para uma segunda empresa, e, em seguida, o dinheiro foi depositado na conta bancária de Filippelli, segundo documentos da investigação obtidos pelo O Globo.

Em depoimento, o acionista da Gol, Henrique Constantino, confirmou que acertou o esquema de propina diretamente com Filippelli em uma reunião realizada na casa dele, em Brasília. No encontro, o ex-vice-governador teria indicado Afrânio Filho como operador financeiro dele.

"Ficou acertado que o pagamento da propina destinada a Filippelli se daria da seguinte forma: R$ 1 milhão logo após a aprovação da lei que reduziu a base de cálculo sobre o querosene de aviação e R$ 500 mil para a campanha de 2014 do PMDB do Distrito Federal", disse Constantino em depoimento.

Constantino também disse que Afranio Filho apresentou "uma proposta de contrato fictício enviado para o e-mail da empresa Gol", com a empresa Objetiva Consultoria e Participações. Com isso, a Gol fez duas transferências bancárias, no valor de R$ 619 mil cada, em 1º de julho de 2013 e em 1º de agosto de 2013.

AO MP-DF, Henrique Constantino disse que com o esquema, a Gol teve uma economia anual de cerca de R$ 20 milhões com a redução do ICMS do querosene. Ele também relatou que pagou outros R$ 10 milhões em propina a empresas do doleiro Lúcio Funaro, operador financeiro do PMDB (hoje MDB), para obter o apoio de integrantes do partido por causa do projeto de lei para redução do ICMS sobre o querosene de aviação, sancionado em abril de 2013.

Ele também citou que os então deputados federais Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) participaram para intermediar o encontro dele com Filippelli. Disse ainda que houve uma autorização do então presidente do PMDB, Michel Temer, ex-presidente da República, para a negociação.

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