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Investigação com apoio da Interpol descobre "fábrica de passaportes falsos" para mafiosos de todo o mundo na Macedônia

Entre beneficiados com esquema está membro da máfia italiana preso no Brasil em 1992

Por Da Redação
Ás

Investigação com apoio da Interpol descobre "fábrica de passaportes falsos" para mafiosos de todo o mundo na Macedônia

Foto: Reprodução/InfoMoney

Uma investigação da polícia da Macedônia com o apoio da Interpol descobriu que a agência de passaportes do Ministério do Interior do país se tornou uma fábrica de passaportes para mafiosos e narcotraficantes de todo o mundo. A descoberta, do IrpiMedia (Projeto de Jornalismo Investigativo da Itália, na sigla em inglês), ocorreu após denúncia feita por Hristijan Mickovski, líder da oposição na Macedônia.

Mickovski acusou o primeiro-ministro Zoran Zaev de fazer parte, juntamente com o ministro do Interior, Oliver Spasovski, de um esquema para dar passaportes a criminosos. Mickovski revelou inicialmente seis nomes e fotos de passaportes utilizados por mafiosos.

Entre eles, estão Valid Isa Hmais, descrito como responsável por lavar dinheiro para a máfia italiana 'Ndrangheta; Florian Musaj, narcotraficante dos grupos albaneses Bushi e Baruti; Stefan Djukic Montenegrino, do clã Kavacki, de Montenegro, mas que age na Espanha; Lui Volina, mafioso turco; e Jovan Vukotic, chefe do clã montenegrino Skaljar.

O ministério, por sua vez, diz que a oposição, que denunciou o caso, é a principal culpada, porque o vazamento de informações ajudou na fuga de mafiosos. As investigações ainda estão em andamento e são acompanhadas pelo Investigative Reporting Lab Macedonia (IRL), que apurou que os passaportes para criminosos ligados a máfias em todo o mundo chegam a 215 nomes.

Um desses criminosos, Valid Isa Hmais, como escrevem os macedônios, ou Waleed Issa Khamays, como é conhecido na Itália e na América Latina. Nascido na Jordânia em 1961 e descrito como "o palestino" por ter sido um militante da Frente Popular Palestina, começou sua "carreira" na 'Ndrangheta em meados da década de 1980.

Em 1992, graças a uma investigação histórica do Ministério Público de Milão chamada "Fortaleza", foi preso no Brasil. Ele foi apontado como aliado de Rocco Morabito, conhecido como U'Tamunga e ponto de referência para todos os poderosos da 'Ndrangheta no sul da Itália.

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