Investigação revela abuso sistêmico no futebol feminino dos EUA
O relatório de 172 páginas inclui entrevista com mais de 200 atletas da NWSL
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Uma investigação independente, que durou quase um ano, revelou nesta semana que “abuso verbal e emocional e má conduta sexual se tornaram sistêmicos” no futebol feminino dos EUA, “alcançando múltiplos times, técnicos e vítimas”.
A denúncia, que veio depois de uma investigação liderada pela ex-procuradora-geral dos Estados Unidos Sally Yates e pelo escritório de advocacia King & Spalding, identificou casos de "comentários, contatos indesejados e relações sexuais forçadas" dentro da liga norte-americana feminina (NWSL) e em setores juvenis.
Cindy Parlow Cone, presidente da Federação de Futebol dos Estados Unidos (USSF), confirmou que está "totalmente comprometida em fazer tudo ao seu alcance para garantir que todos os atletas tenham um lugar respeitoso para aprender, crescer e competir".
A investigação foi iniciada há um ano após acusações de agressão sexual de duas jogadoras contra o técnico Paul Riley, posteriormente demitido pelo North Carolina Courage. Já o treinador Richie Burke, que dirigia o Washington Spirit, também foi demitido depois de uma apuração sobre abuso verbal e assédio moral.
O relatório de 172 páginas inclui entrevista com mais de 200 atletas da NWSL, que detalharam abusos, manipulação, bullying e retaliação de treinadores.
