Investimento direto no Brasil registra pior resultado para o primeiro semestre desde 2015

Apesar do resultado, entrada de R$ 4,8 bilhões superou as expectativas do BC

[Investimento direto no Brasil registra pior resultado para o primeiro semestre desde 2015]

FOTO: Reprodução/Internet

Com a entrada de US$ 4,8 bilhões em junho, o IDP (Investimento Direto no País) fechou o semestre em US$ 25,4 bilhões, esse é o menor número para o período desde 2015, quando o IDP foi de US$ 25,3 bilhões. As incertezas econômicas causadas pelo coronavírus levaram a um forte retração de investimentos em países emergentes como o Brasil. 

A estatística foi divulgada pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (28). Em momentos de crise, investidores tendem a adiar investimentos ou redirecionar recursos para ativos mais seguros, por exemplo, em países que oferecem menos incertezas e riscos. Apesar da queda brusca em relação aos anos anteriores, o IDP vem subindo desde que registrou, em abril, o pior resultado em 25 anos.

O ingresso de US$ 4,8 bilhões em junho superou a expectativa do Banco Central que era de US$ 3,5 bilhões. Para julho, o BC espera ingresso líquido de US$ 2 bilhões. Nos últimos doze meses, o IDP registrou ingresso de US$ 71,7 bilhões (4,41% do PIB) resultado superior aos US$ 67,5 bilhões (4,05% do PIB) no mês anterior. Depois quatro meses seguidos de mais recursos saindo do que entrando, o mercado registrou um ingresso líquido de US$ 2,4 bilhões em junho.

Foram US$ 1,9 bilhões em títulos de dívida e US$ 432 milhões em ações e fundos de investimentos. No entanto, a conta ainda está negativa. O BC registrou uma saída líquida de US$ 31,3 bilhões e um ingresso de US$ 9,1 bilhões. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, já relatou em outras ocasiões que essa saída de recursos está ligada a um fenômeno de busca por qualidade dos ativos. Em um momento de crise, os investidores buscam resguardar seu dinheiro em investimento mais seguros, como no dólar, e tiram de lugares com mais risco, como países emergentes. 


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