IPCA tem inflação de 0,48% em setembro, após cair em agosto
A energia elétrica residencial teve alta de 10,31% em setembro, puxando o índice geral

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Após registrar deflação (queda) em agosto, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou inflação (alta) de 0,48% em setembro, apontam dados divulgados nesta quinta (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa é a maior para o nono mês do ano desde 2021 (1,16%), mas veio abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 0,52%, segundo a agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 0,47% a 0,57%.
O avanço em setembro já era aguardado devido ao fim do bônus de Itaipu. Esse desconto temporário na conta de luz havia puxado a queda do IPCA em agosto (-0,11%).
A energia elétrica residencial teve alta de 10,31% em setembro, puxando o índice geral.
O grupo alimentação e bebidas, por outro lado, seguiu em queda (-0,26%). Foi o quarto mês consecutivo de redução dos preços da comida.
Em 12 meses, o IPCA passou a acumular inflação de 5,17%, disse o IBGE. A alta era de 5,13% nesse recorte até agosto.
O acumulado segue acima do teto de 4,5% da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central).
Em 2025, a instituição passou a perseguir o alvo de maneira contínua, abandonando o chamado ano-calendário (janeiro a dezembro).
No novo modelo, a meta é considerada descumprida quando o IPCA acumulado permanece por seis meses seguidos fora do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% (piso) a 4,5% (teto). O centro do alvo é de 3%.
O índice estourou a meta contínua pela primeira vez em junho.
Na mediana, as projeções do mercado financeiro apontam IPCA de 4,8% no acumulado de 2025, conforme o boletim Focus, divulgado pelo BC na segunda (6).
A previsão passou por uma série recente de revisões para baixo, mas continuou acima do teto de 4,5% da meta de inflação.