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Irã é retirado de maior comissão sobre direitos das mulheres nas Nações Unidas

A decisão foi anunciada pelo Conselho Econômico e Social, Ecosoc, em Nova Iorque

Por Da Redação
Ás

Irã é retirado de maior comissão sobre direitos das mulheres nas Nações Unidas

Foto: UN Photo/JC McIlwaine

O Irã não faz mais parte da Comissão sobre o Estatuto da Mulher da Organização das Nações Unidas (ONU). A decisão foi anunciada pelo Conselho Econômico e Social, Ecosoc, em Nova Iorque, na última quarta-feira (14),

O Conselho adotou uma resolução, apresentada pelos Estados Unidos, que pedia a retirada do Irã, após o tratamento do país aos direitos da mulher desde a morte de uma jovem iraniana, de 22 anos.

Uso excessivo da força

Mahsa Amini foi presa em 13 de setembro, em Teerã, pela Polícia da Moralidade do país, porque não estaria usando o véu corretamente. Dias depois, ela morreu sob custódia do Estado. A decisão foi aprovada por 29 países. Oito votaram contra a saída do Irã e 16 se abstiveram.

A Comissão sobre o Estatuto da Mulher, CSW, se reúne anualmente, em março, na sede da ONU. A conferência é considerada a maior reunião com defensores dos direitos de igualdade de gênero do mundo.

Na resolução, os Estados Unidos expressaram “séria preocupação” com as ações do governo iraniano desde a morte de Mahsa Amini.

Segundo o texto, o governo estava “minando e reprimindo, de forma crescente, os direitos humanos de mulheres e meninas, além de usar da força excessiva.”

Ativistas iranianas

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que o Comitê não poderia permitir que o seu trabalho em defesa das mulheres fosse minado por dentro do próprio grupo.

Para ela, a presença do Irã, como membro, era “uma mancha” na Comissão. A embaixadora elogiou o trabalho das ativistas iranianas, tanto na sala do Ecosoc como no mundo. Ela enalteceu a coragem, a visão, os sacrifícios e a liderança das mulheres iranianas.

Thomas-Greenfield lembrou os relatos de que Mahsa Amini foi espancada a caminho da prisão e que entrou em coma três dias depois. Para a embaixadora, a jovem morreu por “cometer o crime de ser uma mulher”, e que há muito tempo, isso não tem sido raro no Irã.

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