Iraque acusa milícias pró-Irã de tentativa de assassinao com drone em Bagdá
Premier Mustafa al-Kadhimi classificou o caso como “ato covarde”

Foto: Getty Images
O governo do Iraque afirmou, nesta segunda-feira (8), que milícias pró-Irã foram responsáveis pela tentativa de assassinato do premier Mustafa al-Kadhimi no último (7), em Bagdá. Segundo membros das forças de segurança e fontes dentro das milícias ouvidas pela Reuters, os três drones armados com explosivos que atingiram a residência oficial eram de fabricação iraniana. O político saiu ileso do que ele chamou de “ato covarde”. A ação, no entanto, deixou alguns dos seguranças do premier feridos.
Analistas não acreditam que a ação tenha partido por ordem de Teerã, ou mesmo que autoridades iranianas tenham a tenham autorizado. No domingo, fontes ligadas às milícias declararam à Reuters que o comandante da Força Quds, a unidade da Guarda Revolucionária iraniana responsável por ações no exterior, Ismail Qaani, viajou ao Iraque para se encontrar com lideranças paramilitares e pedir que evitassem uma escalada na violência.
No Twitter, o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Shamkhani, condenou o ataque. “A tentativa de ataque contra al-Kadhimi é uma nova sedição que precisa ser ligada aos centros de estudos internacionais, que não trouxeram nada a não ser insegurança, discórdia e instabilidade ao oprimido povo iraquiano através da criação de grupos terroristas e a ocupação deste país por anos”, declarou Shamkhani. Em comunicado, o presidente dos EUA, Joe Biden, também condenou o ataque e se pôs à disposição para prestar assistência ao governo iraquiano.


