Islândia inaugura maior usina de captura de CO2 do mundo

"Orca" usa dezenas de grandes extratores para puxar o ar

Por Da Redação
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Islândia inaugura maior usina de captura de CO2 do mundo

Foto: Reprodução/Redes Sociais/ Reuters

A maior usina do mundo para remover permanentemente milhões de toneladas de CO2 da atmosfera foi inaugurada na Islândia. A Orca, vai capturar cerca de 4.000 toneladas anuais de CO2 e armazená-las no subsolo. Segundo os especialistas, essa é uma parte minúscula dos 33 bilhões de toneladas do gás que a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que serão emitidos em todo o mundo este ano, mas é uma demonstração da viabilidade da tecnologia. 

Na inauguração do projeto Orca, na quarta-feira (8), o coexecutivo-chefe da Climeworks, de Zurique, responsável pelo projeto, disse ao Financial Times que a empresa já começou a projetar uma usina dez vezes maior. Ela deve ser completada nos próximos anos. “É a primeira vez que fazemos a extração comercial de CO2 do ar e a combinamos com armazenagem no subsolo”, disse Wurzbacher.

A usina Orca vende a compensação de carbono mais cara do mundo. Com ela, a remoção de uma tonelada de CO2 custa até £1.000 (cerca de R$ 7.200). A usina tem o fundador da Microsoft, Bill Gates, entre seus clientes. Ainda no evento, Wurzbacher disse que a demanda comercial é tão alta que os créditos que pode vender em seus 12 anos de vida útil estão quase esgotados. Foi o que levou ao desenvolvimento acelerado da usina muito maior que usará a mesma tecnologia.

Alguns modelos energéticos indicam que, para poder alcançar a meta de zero emissões, até meados do século o mundo precisará tirar bilhões de toneladas anuais de dióxido de carbono da atmosfera. Críticos da captura aérea direta dizem que a tecnologia é cara demais e consome energia demais para poder ser usada em escala significativa. 

Contudo, o projeto de lei de infraestrutura proposto recentemente pelo presidente americano Joe Biden inclui US$ 3,5 bilhões para a construção de quatro centrais de captura aérea direta. A Carbon Engineering, startup rival da Climeworks sediada perto de Vancouver, está construindo com a Occidental Petroleum uma usina no Texas que visa extrair até 1 milhão de toneladas anuais de CO2.

Wurzbacher disse ainda que a usina Orca, movida a energia geotérmica, é mais eficiente e utiliza menos materiais que a tecnologia anterior da Climeworks. “Ela realmente representa o próximo passo”, disse. A Orca usa dezenas de grandes extratores para puxar o ar, que passa por um coletor no qual o CO2 se liga a outras moléculas. Em seguida, a substância de ligação é aquecida, liberando o gás dióxido de carbono.


 

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