Israel e Hamas se encontram no Egito e negociam tratado de paz proposto por Trump

Na véspera de completarem dois anos em conflitos, Israel e Hamas retomam, nesta segunda-feira (6), no Cairo, capital do Egito, negociações indiretas para o fim da guerra na Faixa de Gaza. 

Nessa ocasião, o diálogo terá como base um plano elaborado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que propõe os termos para a paz entre Israel e a organização militar palestina. As negociações propostas por Trump prevê a libertação dos reféns israelenses e o futuro de Gaza e do Hamas no pós-guerra.

Representantes do Catar e do Egito, mediadores das conversas de paz junto aos EUA, iniciaram as negociações nesta segunda-feira, por volta das 7h no horário de Brasília. Responsáveis pelo Hamas também deve integrar a reunião, al´m do enviado especial do governo Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o genro de Trump, Jared Kushner, enquanto a delegação israelense chega a Cairo ainda nesta segunda, segundo o gabinete do premiê Netanyahu.

Israel já aceitou a proposta de Trump. O Hamas informa que concorda com a libertação de todos os reféns de uma vez, porém pediu mais conversas sobre os demais termos. Trump, inclusive, ameaçou "obliterar" o grupo caso haja discordância que inviabilizem o acordo.

No domingo (5), Trump e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disseram que reuniões sobre o assunto já estavam acontecendo, com parte de "90% do acordo já concluído", com pendência apenas na parte logística.

Em comunicado divulgado no último fim de semana, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, relatou esperar que todos os reféns mantidos em Gaza sejam trazidos de volta "nos próximos dias", e colocou a medida como prioridade para serem cumpridos os termos de acordo de Trump.

O Hamas, por sua vez, declarou que aguarda um resultado positivo nas negociações no Cairo para começar "imediatamente" a libertação dos reféns israelenses, que acontecerá em troca da soltura de prisioneiros palestinos mantidos por Israel.

Apesar de manifestar o interesse em libertar reféns em Gaza, o Hamas pontua a dificuldade em organizar a libertação, devido aos bombardeios contínuos realizados por Israel. Rubio, inclusive, apontou que Israel precisa parar com os bombardeios para que os reféns sejam transportados em segurança, enquanto o gabinete de Netanyahu afirmou estar no direito de continuar os ataques e fazer breves pausas nos ataques enquanto um cessar-fogo não estiver em vigor.