Itália encerra operações no aeroporto de Cabul, no Afeganistão
Outros países também se mobilizam para retirar cidadãos e tropas do país asiático
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O último avião italiano deixou o aeroporto de Cabul nesta sexta-feira (27) à noite. A bordo seguiram afegãos e militares destacado para ajudar nas operações de retirada. De acordo com Luciano Portolano, general da missão italiana, em apenas 14 dias e em condições difíceis, foram transportadas cerca de 4900 cidadãos afegãos, e entre eles, muitas mulheres e crianças.
Na manhã deste sábado (28), no aeroporto de Roma, membros do governo italiano receberam o último voo da capital afegã.
Em declarações aos jornalistas, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse que "agora começa a segunda fase", na qual é fundamental não abandonar o povo afegão. Luigi Di Maio pede ajuda para as mulheres as crianças afegãs, e “para todas as pessoas que nos últimos anos mostraram uma grande vontade de crescimento e de mudança”.
Recentemente o presidente americano, Joe Biden, disse que os Estados Unidos estão no caminho certo para concluir a saída apressada do Afeganistão até 31 de agosto. Tendo este prazo em mente, outros países também se mobilizam para retirar cidadãos e tropas.
O ministro da Defesa da Austrália, Peter Dutton, confirmou que o país concluiu os seus voos de evacuação de Cabul após os ataques de quinta-feira (26). As forças australianas evacuaram mais de 4.000 pessoas de Cabul.
Já a Nova Zelândia afirmou que o voo final aterrissou nos Emirados Árabes Unidos na quinta-feira (26) à noite, antes dos ataques no aeroporto de Cabul.
A Ministra da Defesa da Alemanha, Annegret Kramp-Karrenbauer, em um tweet na sexta-feira (27), disse que as tropas da Alemanha estão “todas em segurança de volta de Cabul”. As forças armadas alemãs usaram Tashkent, Uzbequistão, como posto de reabastecimento para as evacuações do Afeganistão.
A Espanha foi outro país que terminou sua missão de evacuação, segundo a Presidência do país em uma declaração. Dois aviões militares resgataram os últimos 81 espanhóis que permaneceram no Afeganistão, juntamente com quatro soldados portugueses e 85 afegãos e suas famílias que haviam trabalhado com países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Em comunicado, a França também anunciou que a missão de evacuação deverá prosseguir “até o fim e manterá seus esforços humanitários e de proteção aos afegãos sob ameaça”, apesar do ataque mortal de quinta-feira ao aeroporto internacional de Cabul.
