Itamaraty busca apoio da Jordânia para retirada de políticos brasileiros em Israel

O Ministério das Relações Exteriores intensificou, neste sábado (14), as tratativas para garantir a retirada de comitivas de políticos brasileiros que permanecem em Israel, após o agravamento do conflito com o Irã. O chanceler Mauro Vieira conversou com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, para viabilizar uma rota terrestre de evacuação até a fronteira entre os dois países.

De acordo com nota oficial do Itamaraty, a medida será adotada assim que houver segurança para deslocamento por terra. “O ministro das Relações Exteriores manteve contato hoje [sábado] com seu homólogo da Jordânia, com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira”, informou o comunicado.

O governo brasileiro confirmou que há duas delegações de autoridades estaduais e municipais em Israel, a convite do governo local. Os integrantes participavam de uma feira de tecnologia e segurança quando os ataques começaram. Com a escalada do conflito, as delegações buscaram abrigo em bunkers subterrâneos. Entre os políticos presentes estão os prefeitos Álvaro Damião (Belo Horizonte) e Cícero Lucena (João Pessoa).

A crise também impactou o transporte aéreo na região. Desde o início dos bombardeios, as operações no Aeroporto Internacional de Tel Aviv estão suspensas, e o espaço aéreo permanece fechado em Israel, no Iraque e no Irã.

O Itamaraty informou ainda que a embaixada brasileira em Tel Aviv está em contato permanente com os representantes das delegações. Em paralelo, o Ministério das Relações Exteriores também acionou a chancelaria israelense para reforçar o pedido de segurança aos brasileiros.

“O secretário de África e Oriente Médio manteve contato telefônico com seu homólogo da chancelaria israelense, ocasião em que pediu tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras. Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, destacou a nota oficial.

Na sexta-feira (13), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, manifestou preocupação com a situação e afirmou, nas redes sociais, que a Câmara está monitorando o caso para garantir a segurança e o retorno dos parlamentares e demais autoridades brasileiras.

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