Jair Bolsonaro diz que Brasil deve ter 400 milhões de doses de vacinas neste ano

Em cerimônia, presidente destaca imunização pela coronavac de sua mãe, de 93 anos de idade

Por Juliana Dias
Às

Jair Bolsonaro diz que Brasil deve ter 400 milhões de doses de vacinas neste ano

Foto: Reprodução | TV Brasil

O presidente Jair Bolsonaro garantiu a compra de 400 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus ainda neste ano e falou que cerca de 170 milhões são para o primeiro semestre. Em uma cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta (10), Bolsonaro adotou uma postura diferente, tirou a máscara apenas para se pronunciar, e destacou a vacinação da própria mãe, Olinda Bunturi Bolsonaro, que já tomou as duas doses Coronavac. "Já foram entregues vacinas para 100% dos idosos acima de 85 anos de idade, entre eles a minha mãe, com 93 anos de idade. Até o final do ano teremos mais de 400 milhões de doses distribuídas aos brasileiros", falou.

Bolsonaro ainda pediu que os brasileiros confiem "no governo, no ministério da Saúde e na Anvisa" e voltou a falar que a política de lockdown (fechamento de serviços não-essenciais) adotada no ano passado visava dar tempo para aparelhar hospitais com leitos de UTI e respiradores, que contou com recursos do governo federal e destacou o pagamento do auxílio emergencial como forma de amparar os brasileiros.

A cerimônia foi para a sanção da Lei que facilita a compra de vacinas contra o coronavírus por empresas privadas e inclui a responsabilização da União por eventuais efeitos colaterais, uma das exigências das empresas nos contratos realizados. A proposta também permite que estados, Distrito Federal e municípios assumam a responsabilidade civil por eventuais efeitos adversos e estabelece que as regras previstas serão válidas pelo tempo que durar a pandemia. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que foi o autor do projeto sancionado, afirmou que a sanção é uma das etapas da luta contra o vírus. 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, também destacou a necessidade do projeto para possibilitar a negociação com mais laboratórios para adiantar o cronograma de imunização contra o novo coronavírus e explicou que as variações no calendário têm acontecido por conta da dependência de insumos de outros países para a produção da vacina. Por isso, para ele, é indispensável que se tenha a possibilidade de produzir um imunizante integralmente no Brasil. Pazuello ainda falou que há previsão da disponibilização de até 39 milhões de doses neste mês, mas que o número pode diminuir.

Pazuello defendeu que os governantes sigam o Programa Nacional de Imunização (PNI) para que "todo país seja vacinado numa sequência lógica" e repetiu as orientações para os brasileiros que apresentarem os sintomas de infecção: ir imediatamente ao médico, para evitar o agravamento da doença e, consequentemente, necessidade de internação hospitalar, já que são registradas lotações em leitos de UTI em todo Brasil.

Já o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, disse que Jair Bolsonaro não efetuou "qualquer intervenção" na Agência e manifestou pesar pelos brasileiros "que tombaram nesta verdadeira guerra" e reconheceu o trabalho dos profissionais de saúde.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário