Jaques Wagner e Robinson Almeida analisam aliança para eleição interna do PT na Bahia
Com mudança no processo eleitoral, tendências fazem acordos para garantir apoios

Foto: Divulgação
Um possível acordo entre o senador Jaques Wagner (PT) e o deputado estadual Robinson Almeida (PT) movimenta as eleições internas do PT na Bahia após a mudança do processo eleitoral de indireto para direto. A alteração tem provocado a pulverização de candidaturas nos diretórios petistas de todo o país.
Na Bahia, sete nomes estão colocados para a presidência do partido: Ellen Coutinho, Gabriel Cavalcante, Jonas Paulo, Liliane Oliveira, Paulo Riela, Rodrigo Pereira e Tássio Brito.
Tássio, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e aliado de Wagner, é considerado o favorito no novo Processo de Eleição Direta (PED).
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O principal adversário dele é Jonas Paulo, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB).
Para garantir a vitória de Tássio, Wagner costura uma aliança com Robinson, da tendência Democracia Socialista (DS).
O acordo prevê a retirada da candidatura de Liliane Oliveira, nome da DS, e o apoio formal da corrente ao militante do MST.
No último sábado (17), Wagner participou da plenária da DS e anunciou apoio à candidatura de Ana Carolina para a presidência municipal do PT em Salvador. Com isso, a atual presidente do diretório soteropolitano, Cema Mosil — professora e militante ligada ao movimento sem-teto — deve retirar a candidatura à reeleição.
Wagner e a DS devem concluir, na próxima semana, os últimos detalhes do acordo, que inclui o voto casado em Tássio Brito no âmbito estadual e em Ana Carolina no municipal.