Jaques Wagner vira réu por corrupção passiva na Bahia e critica ação do MP
Senador é coordenador da campanha eleitoral do ex-presidente Lula
Foto: Divulgação
O senador Jaques Wagner, que é coordenador de campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, se tornou réu na Justiça da Bahia pelo crime de corrupção passiva. O inquérito foi movido pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em ação derivada da Operação Lava Jato.
De acordo com o órgão, em 2014, quando o senador era governador da Bahia, teria aceitado uma vantagem indevida de R$ 30 milhões da Construtora Norberto Odebrecht em troca da viabilização de um acordo para extinguir uma antiga dívida da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) com a Odebrecht, referente à construção da Adutora do Sisal, em 1986.
Procurado pelo Farol da Bahia, a defesa de Jaques Wagner pontuou que a ação é "um fato requentado" e que o assunto já tramita há oito anos sem a apresentação de provas.
Segundo o senador, ele diz estranhar que voltem a utilizar a mesma tática novamente às vésperas de uma eleição, assim como planejaram em 2018. “Podiam ao menos ser mais criativos”, ironizou.
“A farsa da Lava Jato já foi desmascarada. Assim como esse tipo de espetáculo em torno de processos antigos e sem provas para tentar interferir na agenda política do país”, concluiu o senador.
Presidente do PT na Bahia defende Wagner
O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, se posicionou em defesa de Jaques Wagner e criticou a ação do Ministério Público. “Eis um triste legado da Lava Jato: o ativismo político-judicial. A cada 4 anos requentam essa ação - que supostamente investiga o senador Jaques Wagner sem que nenhuma evidência se sustente - para tentar colher dividendo eleitoral. Fracassarão de novo”, disse Éden.
A reportagem também tentou contato com o Ministério Público da Bahia mas, até o momento, não obteve resposta.
