Julgamento do núcleo 4 da suposta trama golpista deve começar nesta semana
Grupo é acusado de promover desinformação contra o processo eleitoral brasileiro, além de ataques virtuais a instituições e autoridades

Foto: Reprodução/Fellipe Sampaio/STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve iniciar, nesta semana, o julgamento do núcleo 4 da suposta trama golpista. O grupo é acusado de atuar na trama através da disseminação de desinformação sobre as eleições. O julgamento foi agendado pelo presidente da primeira turma da corte, ministro Cristiano Zanin.
Para este julgamento, o colegiado será composto pelo relator da denúncia, Alexandre de Morais, e pelos ministros do STF, Carmem Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux. O grupo deve julgar as denúncias relacionadas a tentativa de golpe de estado que impediria a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o grupo de promover desinformação, através da manifestação notícias falsas sobre o processo eleitoral brasileiro e ataques virtuais a instituições e autoridades.
Caso a maioria dos ministros aceite a denúncia da PGR, os acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal no STF. Confira quem são os investigados do núcleo 4:
Ailton Gonçalves Moraes Barros - Major da reserva;
Ângelo Martins Denicoli - Major da reserva;
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha - Engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;
Giancarlo Gomes Rodrigues - Subtenente do Exército;
Guilherme Marques de Almeida - Tenente-coronel do Exército;
Marcelo Araújo Bormevet, Agente da Polícia Federal e ex-integrante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
e Reginaldo Vieira de Abreu - Coronel do Exército.
Julgamento de demais núcleos
Núcleo 1
O primeiro núcleo da trama golpista teve julgamento concluído no dia 26 de março. Na ocasião, Bolsonaro e outros sete investigados se tornaram réus, após o colegiado do STF aceitar a denúncia apresentada pela PGR.
Núcleo 2
Também por decisão unânime, a Primeira Turma do STF tornou réu, no dia 22 de abril, todos os seis denunciados no segundo núcleo das investigações. Com a decisão, os acusados do núcleo passaram a responder a uma ação penal por crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Núcleo 3
O julgamento do terceiro núcleo estava agendado para os dias 8 e 9 de abril, mas foi remarcado para os dias 20 e 21 de maio pelo presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin. Nesse núcleo, 11 militares do Exército e um policial federal serão julgados.