Justiça decreta prisão preventiva de mãe e filho envolvidos em morte e ocultação do corpo de dubladora
Defesa alega que a abertura do processo criminal permitirá o esclarecimento dos fatos

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A Justiça do Rio de Janeiro decretou as prisões preventivas de Pedro Paulo Gonçalves Vasconcellos da Costa e a mãe dele, Eliane Gonçalves Vasconcellos da Costa. O Ministério Público acusou os dois pela morte e tentativa de ocultação do cadáver da dubladora Christiane Louise de Paula.
Um trecho da decisão judicial destaca que "a prisão cautelar se impõe como forma de se assegurar a ordem pública. A medida também se justifica por conveniência da instrução criminal". O texto também traz mais detalhes sobre como Pedro e Eliane tentaram ocultar o corpo de Christiane. Segundo as informações, mãe e filho chamaram um motorista de aplicativo conhecido para levar o corpo da dubladora até Grumari, na Zona Oeste.
Em depoimento à polícia, o motorista contou que não sabia que transportaria um cadáver. Na versão dele, Pedro e Eliane disseram que o volume envolto em plásticos e lençóis se tratava de um despacho.
Em outro trecho da decisão consta que "as circunstâncias em que o crime foi praticado demonstram a altíssima periculosidade social dos réus. Registre-se que o acusado Pedro e a acusada Eliane, sua mãe, providenciaram a ocultação do cadáver, solicitando o serviço de aplicativo Uber simulando um ritual religioso para que não fossem percebidos".
A Justiça também destacou que depois da morte de Christiane, Pedro Paulo e Eliane "passaram a se comportar como proprietários do imóvel da vítima".
A dubladora morava em Ipanema, na Zona Sul do Rio, e segundo a polícia, o corpo dela ainda foi mantido dois dias no imóvel por Pedro e Eliane, antes da tentativa de ocultação em Grumari.
A defesa de Pedro Paulo e Eliane disse que trata-se de um equívoco que, com a abertura do processo criminal, poderá ser esclarecido.