Justiça suspeita que MBL tenha usado plataforma virtual para simulação de doações
Investigação aponta "uma nova forma de lavagem de dinheiro"

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O MBL (Movimento Brasil Livre) entrou na mira da justiça por suspeitas de lavagem de dinheiro através da simulação de doações online. O MPSP (Ministério Público de São Paulo) encontrou indícios de um esquema envolvendo plataformas virtuais e empresas de fachada. A investigação fala em uma 'nova técnica de lavagem de capitais com valores relevantes e sem lastro de origem'.
Os promotores apontam indícios de irregularidades em duas frentes combinadas: através da plataforma Google Pagamentos e da ferramenta Superchat. Os investigadores afirmam que as doações passavam pela plataforma do Google, que desconta 30% do valor pago, ao invés de serem depositadas diretamente nas contas do movimento, como estratégia para ocultar a origem do dinheiro.
O Google Pagamentos é intermediário no uso do Superchat, opção do YouTube que possibilita aos usuários pagarem para ter comentários destacados em transmissões ao vivo. Esses pagamentos seriam feitos de forma fracionada, em média R$ 200 ou R$ 300,00 por 'live'.
De acordo com o MP, nesse caso as contribuições são 'muito menos rastreáveis' por órgãos de investigação ou controle, uma vez que podem ser feitas através de cartões pré-pagos comprados anonimamente online. Procurado pelo o UOL, o Google afirmou que não comenta casos específicos e que apoia o trabalho das autoridades.