Leia: Carta de Pfizer cobrando resposta do governo sobre vacina chegou ao gabinete de Bolsonaro
Documento chegou ao Palácio do Planalto em setembro de 2020

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Uma carta da farmacêutica Pfizer, quando a empresa cobrou reposta do governo federal sobre a oferta de vacinas contra a Covid-19 chegou ao gabinete do presidente Jair Bolsonaro em setembro de 2020.
Os documentos foram obtidos pelo site O Antagonista por meio da Lei de Acesso à Informação.
No documento, o presidente da Pfizer, Albert Bourla, informa que representantes da farmacêutica haviam se reunido com representantes do governo para discutir a compra de vacinas, mas que a empresa ainda não havia obtido resposta.
A existência da carta foi revelada em 12 de maio pelo ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, em depoimento à CPI da Covid. Na ocasião, Wajngarten afirmou que soube da carta em 9 de novembro. Ou seja, a empresa ficou dois meses sem resposta.
O contrato entre o governo federal a Pfizer foi assinado em março deste ano, seis meses após o envio da carta à Presidência.
A carta foi enviada por Bourla em 12 de setembro, e dois dias depois, a chefe do Gabinete Adjunto de Gestão Interna, Aida Íris de Oliveira acusou o recebimento do documento, e informou que enviaria o ofício ao Ministério da Saúde e à Casa Civil. Após enviar os documentos aos ministérios, Aida ainda comunicou ao presidente da Pfizer sobre o encaminhamento do documento.
De acordo com o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a comissão levantou ao menos 53 e-mails enviados pela Pfizer ao governo brasileiro sobre a oferta de vacinas.
Confira a carta enviada pela Pfizer