Política
Até 1º de setembro deste ano, o país já tinha 27 assassinatos e atentados
FOTO: Reprodução / Marcelo Camargo - Agência Brasil
Um levantamento realizado pelas organizações Terra de Direitos e Justiça Global aponta que o Brasil registrou ao menos 125 casos de assassinatos e atentados contra políticos eleitos, candidatos e pré-candidatos nos últimos quatro anos e oito meses, o que corresponde a uma média de 27 casos por ano. Ao todo, foram 327 casos de violência política no país desde 2016.
De acordo com o levantamento, que foi entregue ao Conselho Nacional de Direitos Humanos, os casos de violência direcionados a políticos e candidatos vem crescendo nos últimos anos, registrando um salto desde as eleições de 2018. Nos últimos quatro anos, 2019 registrou o maior número de assassinatos, com 32 casos. Mas, até 1º de setembro deste ano, o país já tinha 27 assassinatos e atentados.
A pesquisa mostrou que, apesar de compor a lista como o ano com menos registros de assassinatos, em 2018 a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes foram mortos após nove tiros terem sido disparados contra o veículo em que estavam. Ronnie Lessa e Elcio Queiroz foram identificados como autores do crime, mas ainda não se sabe quem foi o mandante do assassinato.
Os números foram mapeados de acordo com os casos de violência política a partir de notícias na imprensa de 1º de janeiro de 2016 a 1º de setembro deste ano. Nesse período foram identificados casos de assassinatos, ameaças, agressões, ofensas, invasões e prisão ou tentativa de detenção de agentes públicos.
Assassinatos e atentados: 125;
Ameaças: 85;
Agressões: 33;
Ofensas: 59;
Invasões: 21;
Casos de prisão ou tentativa de detenção de agentes políticos: 4;
Total de casos de violência política: 327
As organizações mostraram ainda que os casos de violência aumentam entre políticos da esfera municipal, caso da eleição que ocorre em novembro. Segundo o estudo, 92% das vítimas de atentados e assassinatos eram vereadores, prefeitos ou vice-prefeitos, eleitos ou candidatos. Os 8% restantes eram candidatos a deputados estaduais e governadores, além de deputados federais, estaduais e senadores eleitos.
Até 1º de setembro, pelo menos dois vereadores, prefeitos ou vice-prefeitos eleitos, pré-candidatos ou candidatos foram assassinados por mês. Em 63% dos casos, não foi possível identificar o suspeito.
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