Lideranças indígenas questionam laudo sobre morte de cacique no Amapá
Homem foi morto no mês passado em terra Indígena

Foto: Divulgação Portal IPHAN
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) questionou o que classificou como “absurdo” o resultado preliminar do exame necroscópico feito por peritos da Polícia Técnica do Amapá (Politec-AP), que não registrou nenhum ferimento que possa ter causado a morte do líder indígena Emyra Waiãpi, que foi encontrado morto, no dia 23 de julho, na Terra Indígena Waiãpi, no oeste do Amapá.
Segundo o laudo da Politec, as causa da morte do cacique foi resultado de um afogamento. Na data do ocorrido, algumas lideranças dos índios denunciaram às autoridades públicas que garimpeiros invadiram a terra indígena e que o cacique foi morto de forma violenta durante a invasão. A PF ainda aguarda o laudo complementar toxicológico, que deve ficar pronto em até 30 dias, para auxiliar na investigação.
Confira a nota da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) na integra.
Um verdadeiro absurdo! Este laudo contradiz o testemunho de indígenas que lá estavam corroborados pela APINA – Conselho das Aldeias Wajãpi, além do relato da prefeita de Pedra Branca, do comandante da PM, coronel Paulo Mathias, e de outras autoridades que acompanharam de perto caso e que afirmam que haviam sim indícios claro de que um assassinato foi cometido.