Lindbergh Farias, líder do PT, diz que escolha de Derrite como relator do projeto antifacção do governo é um "desrespeito com o presidente Lula"

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), criticou nesta sexta-feira (7) a escolha de Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto antifacção, feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. De acordo com Farias, "a escolha feita pelo presidente Hugo Motta é um desrespeito com o presidente Lula". 

Guilherme Derrite, que ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo, retornou ao mandato parlamentar para assumir a relatoria. De acordo com fontes ouvidas pelo g1, inicialmente, havia a expectativa de que ele relatasse o projeto que equipara facções criminosas a organizações terroristas, mas Motta decidiu manter os temas separados para evitar polarização.

O texto apresentado pelo governo cria a figura da organização criminosa qualificada, com pena de 8 a 15 anos de prisão para quem atuar com o objetivo de controlar territórios ou atividades financeiras por meio de violência, coação ou ameaça.

Na rede social X, Lindbergh ainda afirmou que "o projeto de lei antifacção é uma prioridade do governo Lula e colocar nas mãos do secretário de Segurança do governador Tarcísio beira uma provocação". O líder do PT também disse que a escolha soa como uma tentativa de não aprovar o projeto e de atrapalhar a tramitação da pauta prioritária do governo na área de segurança pública.