Lixo eletrônico descartado de maneira inadequada prejudica o meio ambiente
O Farol da Bahia faz um alerta sobre o descarte correto

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O consumo crescente e a redução da vida útil dos eletroeletrônicos como aparelhos celulares, baterias, televisores, notebooks, computadores em geral, impressoras e câmeras fotográficas têm feito com que sejam descartados no meio ambiente de maneira inadequada.
Segundo pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU), a previsão dos especialistas é que até 2021 sejam gerados 52,2 milhões de toneladas métricas de lixo eletrônico no mundo, um aumento de 17% em relação a 2016, quando a quantidade era de 44,7 milhões de toneladas. Austrália, China, União Europeia, Japão, América do Norte e Coreia do Sul são os maiores produtores mundiais de lixo eletrônico.
Nos Estados Unidos (EUA) e no Canadá, cada pessoa produz cerca de 20 quilos de lixo eletrônico por ano. Na União Europeia, o número é 17,7 kg. No continente africano, 1,2 bilhão de habitantes gera, em média, 1,9 kg. Durante todos os anos, 1,3 milhão de toneladas de produtos eletrônicos descartados são exportadas do bloco europeu sem documentação. No Brasil é produzido cerca de meio quilo de lixo eletrônico por habitante.
Por conter substâncias químicas como chumbo, mercúrio, cádmio, berílio entre outros, os eletroeletrônicos não podem ser descartados de qualquer forma no meio ambiente. Quando se tornam obsoletos ou apresentam algum defeito são logo descartados. Isso faz aumentar a cada ano o lixo eletrônico.
O escritor e jornalista Jhone Amaral, 27, tem essa consciência. Ele explica que busca fazer o descarte da melhor forma. “Entro em contato com amigos que fazem a reutilização desses materiais, tento vender peças que podem ser utilizadas e até mesmo fazer doações para lojas de conserto do que pode ser reutilizado”. E acrescenta: “No mais, procuro o lixo específico para fazer o descarte, seja em locais de coleta ou em lojas que possuem espaço para tal”, disse.
Reciclagem - Dentre as empresas que recolhem esses aparelhos estão as de telefonia, que encaminham baterias e aparelhos celulares para cooperativas e empresas de reciclagem. Em shoppings da cidade, como o Salvador, também há um ponto de coleta. No entanto, os locais que coletam estes tipos de materiais na capital baiana ainda são insuficientes.
Além disso, também colaboram para o acúmulo dos materiais em locais inapropriados, o desconhecimento da população sobre a necessidade da reciclagem (apenas 20% de todo o lixo eletrônico do mundo é formalmente reciclado) e a falta de noção da quantidade de substâncias químicas que esses aparelhos contêm.