Lula afirma ter dito a Trump que não deseja 'guerra' na América Latina

Brasil tem tentado diálogo com EUA sobre tensão com a Venezuela

Por Da Redação
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Lula afirma ter dito a Trump que não deseja 'guerra' na América Latina

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula (PT) disse nesta quinta-feira (11) ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não deseja guerra na América Latina. Ambos se falaram por telefone na semana passada.

"Eu falei ao Trump, 'nós não queremos guerra na América Latina, nós somos uma zona de paz'", afirmou Lula.

Ao longo do discurso em Belo Horizonte-MG, na abertura do evento Caravana Federativa, Lula disse que Trump respondeu "eu tenho mais arma. Eu tenho mais navio, eu tenho mais bomba".

"Falei 'cara, eu acredito mais no poder da palavra do que no poder da arma. Vamos tentar utilizar a palavra como instrumento de convencimento, de persuasão para a gente fazer as coisas certas. Vamos acreditar de que a palavra, diplomaticamente, é a coisa mais forte para a gente resolver os problemas", afirmou o presidente Lula.

No discurso em BH, Lula disse ter conversado com Trump na última quarta-feira (10). Depois do discurso, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) disse que o presidente se confundiu e que o relato se referia a ligação da semana passada.

Crise na Venezuela

A Venezuela é o foco da principal crise geopolítica na América do Sul. Desde agosto, o governo de Trump tem posicionado uma intensa força militar dos Estados Unidos no mar do Caribe, o que inclui um porta-aviões, caças e navios de guerra, sob discurso de combate ao narcotráfico, o que tem sido encarado como pressão ao regime de Maduro.

Na semana passada, Lula dialogou com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, conversaram sobre "paz na América do Sul e no Caribe", disse o Palácio do Planalto.

Atuação do Brasil

O Brasil tem tentado iniciar diálogo com os EUA sobre a tensão do país com a Venezuela. Em outubro, o presidente Lula se ofereceu para mediar um diálogo entre EUA e Venezuela, buscando soluções para a crise.

O assunto foi abordado na conversa entre Lula e Trump na Malásia e também na última ligação que o presidente brasileiro e o americano tiveram no dia 2 de dezembro.

Lula já disse que "se o mundo virar uma terra sem lei, vai ficar muito difícil". O presidente brasileiro sugeriu como alternativa que os EUA se disponha a conversar com a polícia e o Ministério da Justiça de outros países.

"Se a moda pega, cada um acha que pode invadir o território do outro para fazer o que quer. Onde é que vai surgir a palavra respeitabilidade à soberania dos países? Então eu pretendo discutir esses assuntos com o presidente Trump se ele colocar na mesa", afirmou Lula em outubro.

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