Hugo Motta lamenta 'transtornos' provocados a jornalistas e afirma não ter tido 'intenção de limitar' trabalho da imprensa
Presidente da Câmara tem sido criticado pela retirada de profissionais de imprensa do plenário

Foto: José Cruz/Agência Brasil
A Câmara divulgou nesta quinta-feira (11) uma nota em que diz que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), lamenta "transtornos" provocados contra profissionais de comunicação na última terça-feira (9) e diz que não houve "intenção de limitar" a atividade da imprensa.
Na última terça, o comando da Câmara determinou a retirada de jornalistas do plenário da Casa. Ocorreram atos de truculência de policiais legislativos contra repórteres.
O dia ficou marcado por uma enorme confusão após Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupar a mesa da Câmara como forma de protesto contra o processo que poderá culminar na cassação do mandato do parlamentar.
Dois dias depois dos acontecimentos, a repercussão negativa, a Câmara dos Deputados divulgou um comunicado, contendo o posicionamento de Motta.
De acordo com o documento, os relatos de agressões de policiais contra jornalistas serão investigados para eventuais providências contra excessos.
"O presidente da Câmara, Hugo Motta, lamenta os transtornos causados aos profissionais de comunicação e reafirma que não houve intenção de limitar o exercício da atividade jornalística. As informações apresentadas pelos jornalistas serão incorporadas à apuração em andamento a fim de identificar eventuais excessos nas providências adotadas ao longo do processo de retomada dos trabalhos", afirma a nota da Câmara.
Depois de Glauber ocupar a mesa diretora da Câmara e se recusar a deixar o espaço, policiais legislativos iniciaram o esvaziamento do plenário. O deputado foi retirado à força pela polícia legislativa da Câmara.
Por meio de nota, a Câmara destaca que a Polícia Legislativa pediu a retirada de assessores, servidores e profissionais de imprensa do plenário para "garantir a segurança dos presentes".
“Após tentativas de negociação e diante da permanência indevida do parlamentar na presidência, foi necessária sua retirada para o restabelecimento da ordem”, afirma a nota.
Ao longo da ocupação da mesa diretora, o presidente da Câmara determinou que a TV Câmara interrompesse a transmissão da sessão. A transmissão ao vivo foi interrompida às 17h34.
No comunicado divulgado nesta quinta (11), a Câmara destaca que, diante da impossibilidade de continuidade dos trabalhos, Motta determinou a suspensão da sessão, às 17h42, e diante disso, a transmissão foi interrompida.
Confira abaixo toda cronologia do dia:
Às 16h04, Glauber ocupou a cadeira da presidência da Câmara e se negou a deixar o local;
Às 17h34, o sinal da TV Câmara foi cortado. Logo na sequência, a polícia legislativa começou o esvaziamento do plenário e retirou a imprensa do local;
Às 17h42, o deputado Carlos Veras (PT-SE) informa a decisão da mesa diretora e de Hugo Motta para suspensão da sessão por uma hora;
Às 18h08, o deputado Glauber foi retirado à força pela polícia legislativa da cadeira da presidência;
Às 18h42, a sessão foi finalizada;
Às 19h08, uma nova sessão foi aberta pelo presidente Hugo Motta.


