Lula defende presidente do Banco Central e reforça isenção de energia em discurso

Durante evento no Planalto, presidente afirma que Galípolo é "muito sério" e que país avança para ser mais justo

Por Da Redação
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Lula defende presidente do Banco Central e reforça isenção de energia em discurso

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (30) que confia na condução de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central, destacando que "as coisas vão ser corrigidas com o passar do tempo".

Em discurso no Palácio do Planalto durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra, Lula ressaltou que, apesar de desejar juros mais baixos, o tema não depende exclusivamente da política econômica do governo.

“Eu gostaria que todos os juros fossem zero, mas ainda não depende da nossa política econômica que não tem muito a ver com a taxação de juros”, disse Lula. Ele também afirmou: “O Banco Central é independente, o Galípolo é um presidente muito sério, e eu tenho certeza de que as coisas vão ser corrigidas com o passar do tempo”.

Durante o evento, o presidente voltou a destacar medidas para ampliar a justiça social por meio da tributação e reduzir custos para a população de baixa renda. “Um país justo começa a ser justo pela tributação. Depois, continua a ser justo pela repartição. Por isso, estamos fazendo o IR até 5 mil de isenção. Por isso, que vamos fazer com que quem consome 80 KV não pague energia. E quem consome 120 KV pague menos”, afirmou.

O presidente também reforçou a necessidade de criar condições para que os brasileiros alcancem autonomia financeira. “Ninguém quer que as pessoas vivam a vida inteira de Bolsa Família, ninguém quer. O que nós queremos é que a pessoa viva tranquilamente às custas de sua capacidade profissional e produtiva, e o papel do Estado é fazer com que essas pessoas tenham a oportunidade de chegar lá”, concluiu.

A fala ocorre em meio ao debate sobre a derrubada, pelo Congresso Nacional, de uma medida que aumentaria o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), medida vista como derrota para o governo federal. Após a decisão, Galípolo comentou que as “dores” do processo democrático são “bem-vindas”, sinalizando que os impactos ainda serão avaliados quanto à inflação.

Lula também aproveitou para cobrar do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma comunicação mais clara sobre a política de juros, tema que considera central para a economia. “Uma coisa, Haddad, que você precisa falar mais e nós precisamos falar mais, porque aqui falamos muito da taxa de juros, todo mundo fala da taxa de juros, todo mundo fica olhando o aumento da Selic, que o mundo está uma desgraça por conta da taxa Selic”, disse o presidente.

O governo federal tem reiterado a intenção de manter o foco em medidas de alívio econômico para a população de baixa renda, ao mesmo tempo em que trabalha para reduzir a taxa Selic em meio a um cenário de inflação em desaceleração.

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