Lula diz que Judiciário 'está fazendo mais política que o Congresso'

Ex-presidente afirmou ainda que as "instituições estão brigando entre si" e país precisa voltar à "normalidade"

Por Da Redação
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Lula diz que Judiciário 'está fazendo mais política que o Congresso'

Foto: Gilberto Junior/Farol da Bahia

Em entrevista concedida nesta quarta-feira (29), o ex-presidente e pré-candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o Poder Judiciário "está fazendo mais política que o Congresso".

As declarações foram dadas à Rádio Educadora AM de Piracicaba. Segundo Lula, o país precisa "voltar à normalidade".

“O país está desmontado, as instituições estão desacreditadas, as instituições estão brigando entre si. E nós precisamos fazer esse país voltar à normalidade. Ninguém precisa ter raiva de ninguém, ninguém precisa ter ódio de ninguém”, disse.

Além disso, o ex-presidente ainda aproveitou para relembrar as eleições que perdeu para Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, na época, "ninguém ficava com raiva, com ódio, querendo atirar, brigar, desaforar as pessoas".

“Esse país precisa voltar a ter paz. A sua sociedade precisa voltar a ser humanista, para que a gente se trate bem, se respeite, e isso vai acontecer com muito investimento para gerar emprego nesse país e para gerar esperança no nosso povo”, seguiu Lula.

“As pessoas não se entendem. O Congresso Nacional tomou conta do Orçamento da União, que era de administração do presidente da República. O Poder Judiciário está fazendo mais política do que o Congresso Nacional. O Congresso Nacional está judicializando a política”, comentou.

O pré-candidato do PT fez ainda uma analogia ao futebol e a Copa do Mundo de 2014, quando a seleção brasileira perdeu para a Alemanha.

“Houve muitas invenções e nós precisamos parar, sentar. Tem gente que fala pra mim que quando o Brasil perdeu da Alemanha de 7 a 1, quando a Alemanha marcou o terceiro gol, o Felipão deveria ter pedido pro jogador cair dentro do campo pra parar e arrumar o time, pra não levar mais gol. Ou seja, nós vamos ter que parar, pensar e fazer as coisas acontecerem com mais cordialidade, com mais civilidade, com mais democracia e com mais participação da sociedade”, concluiu.

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